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Mais da metade de todas as criptomoedas lançadas já ‘morreram’

Milhares de criptomoedas foram lançadas no mercado após o bitcoin, mas a taxa de falha desses projetos está acima de 50%, segundo pesquisa

(Reprodução/Reprodução)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 15 de janeiro de 2024 às 18h25.

Última atualização em 15 de janeiro de 2024 às 19h56.

Uma pesquisa da CoinGecko revelou que mais da metade das criptomoedas “morreram”, ou seja, falharam em algum ponto de seu projeto, indo a zero.

Depois do bitcoin, uma série de outras criptomoedas foram lançadas. Muitas delas ganharam influência significativa no mercado, como o ether, nativo da rede Ethereum. No entanto, outros projetos apresentaram falhas ou não conseguiram se destacar em um verdadeiro “mar de criptomoedas”.

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Das mais de 24 mil criptomoedas listadas na CoinGecko, plataforma que agrega dados sobre criptoativos,14.039 falharam, mostra a pesquisa.

2021: um ano de recordes positivos e negativos

Os especialistas da CoinGecko afirmaram no relatório que a maioria das criptomoedas “mortas” vêm de projetos lançados durante o mercado de alta de 2020-2021. Na época, o bitcoin chegou a sua máxima histórica de US$ 69 mil.

Na época, além das principais criptomoedas como bitcoin e ether, também faziam sucesso as criptomoedas meme, NFTs e tokens relacionados ao metaverso. Dessa forma, o relatório recente da CoinGecko aponta que mais de 11 mil criptomoedas foram criadas em 2021, das quais cerca de 70% morreram. Apenas as criptomoedas “mortas” de 2021 compõem 53,6% de todos os projetos fracassados no período analisado.

Em comparação, 1.450 projetos lançados durante o mercado de alta anterior, em 2017-2018, foram encerrados desde então. Foram cerca de 3 mil criptomoedas listadas na época, resultando em uma taxa de falha semelhante de aproximadamente 70%.

Em 2023, apenas 10% das criptomoedas "falharam"

Já em 2023, apenas 289 criptomoedas “morreram”, de acordo com a CoinGecko. No último ano, a taxa de falha caiu vertiginosamente para menos de 10%, já que cerca de 4 mil criptomoedas foram listadas na plataforma.

De acordo com o documento, foram consideradas “mortas” as criptomoedas nas seguintes circunstâncias:

• As criptomoedas não refletem nenhuma atividade comercial nos últimos 30 dias.

• Os projetos são revelados como fraude ou trapaça, por meio de notícias ou relatórios enviados à CoinGecko de fontes verificáveis.

• Os projetos solicitam a desativação, ou seja, quando a equipe é dissolvida, renomeada, encerra o projeto ou passa por grandes revisões de tokens onde os tokens antigos se tornam suficientemente ilíquidos ou mortos, de acordo com os padrões da CoinGecko.

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