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Editor do Future of Money
Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 16h51.
O JPMorgan divulgou um relatório na última quarta-feira, 17, em que divergiu do otimismo de boa parte do mercado em relação às stablecoins, criptomoedas pareadas a outros ativos. Para o banco, o segmento não deve chegar até a casa dos US$ 1 trilhão em 2028.
A projeção de um valor trilionário para esses ativos começou a ganhar tração no mercado neste ano, refletindo um crescimento acelerado ao longo de 2025. Entretanto, o JPMorgan avalia que essa expansão não está ocorrendo em um ritmo necessário para chegar à marca.
Mesmo assim, o banco reconhece que as stablecoins devem se tornar cada vez mais valiosas nos próximos anos. Atualmente com uma capitalização de mercado na casa dos US$ 300 bilhões, os analistas esperam que o segmento chegue aos US$ 600 bilhões nos próximos três anos.
A avaliação do JPMorgan é que o crescimento dessas criptomoedas está sendo gerado principalmente pela própria atividade no mercado cripto, e não por novos casos de uso e sua adoção institucional. Por causa disso, o segmento segue dependente da atividade no setor.
A perspectiva já havia sido compartilhada pelo banco neste ano, mas o JPMorgan afirma que o crescimento do segmento até o final de 2025 confirma a hipótese. Ou seja, a taxa de valorização das stablecoins deve manter-se alinhada à taxa do próprio mercado cripto.
"O universo das stablecoins provavelmente continuará a crescer nos próximos anos, em grande parte em linha com a capitalização de mercado geral das criptomoedas, podendo atingir entre US$ 500 bilhões e US$ 600 bilhões até 2028, bem abaixo das expectativas mais otimistas de US$ 2 trilhões a US$ 4 trilhões", avalia o banco.
O relatório reconhece que casos de uso para esses ativos seguem crescendo, mas que isso não necessariamente resultará em um valor maior para as criptomoedas. Apesar da visão divergente do mercado, o JPMorgan ressaltou que enxerga um grande potencial no segmento.
Para o banco, a expansão e adoção desses ativos deve tornar a sua velocidade de crescimento e circulação muito mais importantes do que o valor dos ativos em si, que tende a crescer, mas sem superar a casa do US$ 1 trilhão tão cedo.
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