Jatinhos de ex-CEO da FTX podem ser confiscados pelo governo dos EUA
Depois de ter usado o dinheiro de clientes para comprar mansões nas Bahamas e levado corretora cripto à falência, ex-CEO pode ter seus jatinhos confiscados em meio à julgamento por fraude
Agência de notícias
Publicado em 6 de outubro de 2023 às 10h56.
Os dois jatos de luxo multimilionários de Sam "SBF" Bankman-Fried agora estão sujeitos a confisco, de acordo com uma petição do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) em 4 de outubro.
O documento afirma que a possibilidade de confisco decorre das "ofensas descritas nas Acusações Um a Quatro e Sete da Acusação 22 Cr. 673 (LAK)", que foram apresentadas contra SBF.
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As aeronaves listadas são um Bombardier Global e um Embraer Legacy. Essas duas aeronaves estão atualmente no centro de uma disputa de propriedade entre o governo, a FTX e a empresa de aviação que opera os jatos, Island Air Capital, de acordo com documentos protocolados em 21 de setembro no Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito de Delaware.
Nos argumentos, o governo disse que ambas as aeronaves estão sujeitas a confisco devido à compra com fundos fraudulentos, enquanto a FTX afirma que os empréstimos usados para comprar os jatos não foram documentados.
Em dezembro de 2022, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC) moveu uma ação judicial contra SBF, FTX e Alameda Research, acusando os últimos de violar a Lei de Bolsa de Mercadorias. As acusações contra SBF incluíam que ele "usou fundos de clientes da FTX para diversas despesas pessoais", uma das quais eram os jatos particulares.
Este pedido surge enquanto Bankman-Fried está atualmente em julgamento por várias acusações relacionadas com a queda da FTX em novembro de 2022. SBF se declarou inocente de todas as acusações. O julgamento é presidido pelo Juiz Lewis Kaplan.
O julgamento começou em 3 de outubro com a seleção do júri, e os argumentos de abertura da acusação e da defesa foram ouvidos no dia seguinte, em 4 de outubro.
A declaração de abertura do DOJ retratou Bankman-Fried como alguém que enganou deliberadamente clientes e investidores para enriquecer e expandir suas operações, enquanto a defesa de SBF argumentou que ele é simplesmente um jovem empreendedor cujos planos de negócios "não deram certo".
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