Os endereços associados aos hackers que roubaram milhões de dólares em criptomoedas no protocolo Poly Network na terça-feira, 10, começaram a devolver parte dos fundos roubados.
- O endereço dos hackers na Polygon enviou 10 mil dólares em USDC para uma carteira configurada pela Poly Network na manhã desta quarta-feira, e 15 minutos depois, enviou mais um milhão de dólares, em uma transação evidenciada no Polygonscan.
- Os hackers também devolveram 1,1 milhão de dólares em BTCB na rede Binance Smart Chain, uma hora depois.
- Quando a Poly Network anunciou o ataque cibernético e os endereços de suas carteiras digitais associadas ao caso, as contas tinham mais de 600 milhões de dólares em diversas criptomoedas. Entretanto, restavam menos de 400 milhões de dólares quando os hackers se pronunciaram, dizendo que começariam a devolver os fundos roubados.
- Antes de começar a devolver o dinheiro, os hackers inseriram uma mensagem em uma transação com eles mesmos: “ACEITE DOAÇÕES PARA ‘O SIGNATÁRIO OCULTO’ AGORA. CRIPTOGRAFE SUA MENSAGEM COM A CHAVE PÚBLICA DELE”.
- Os hackers estão incorporando uma série de mensagens nas transações com seus próprios endereços para se comunicarem com o mundo. Dezenas de pessoas utilizaram o mesmo método para pedir aos hackers uma parte do dinheiro que foi roubado.
- No começo desta quarta-feira, os hackers utilizaram o mesmo tipo de abordagem para dizer que estavam prontos para devolver os fundos. Eles então informaram não ter conseguido entrar em contato com a Poly Network e pediram os endereços das multisignature wallets.
- A Poly Network, que vinha pedindo a devolução dos fundos, preparou carteiras digitais nas redes Ethereum, Binance Smart Chain e Polygon, as blockchains que os hackers estão utilizando.
- A O3 Labs, uma empresa focada no desenvolvimento blockchain com sede em Tóquio e associada à Neo, subsidiária da Poly Network, disse que os hackers podem ser o que chamamos de hackers de “chápeu branco”. O fato de devolverem parte dos fundos indica que o grupo estava atrás de lucro próprio, se comportando como um tipo de hacker que realiza invasões apenas para expor vulnerabilidades e tornar o projeto mais robusto.
- O ataque cibernético explorou um bug em um contrato inteligente da Poly Network que conectava diversas blockchains, afirmou a SlowMist.
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Texto traduzido e republicado com autorização da Coindesk