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Governo já investigava FTX meses antes de corretora cripto falir deixando prejuízo bilionário

Documentos mostram que a FTX era investigada meses antes da falência em novembro de 2022 em meio a escândalos de má gestão; investidores ficaram no prejuízo

A investigação ainda estava em curso quando a corretora faliu (the-lightwriter/Getty Images)

A investigação ainda estava em curso quando a corretora faliu (the-lightwriter/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2023 às 18h23.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2023 às 18h49.

Meses antes de ir à falência em novembro de 2022, a FTX já era investigada pelo governo da Austrália por conta da alavancagem excessiva em seus investimentos, conforme revelam documentos obtidos pelo The Guardian.

A investigação teria começado em março de 2022 depois que a Comissão de Valores Mobiliários do país descobriu que a FTX estava oferecendo 20 vezes mais alavancagem em seus investimentos. A corretora de criptomoedas era a segunda maior do mundo até protagonizar um dos maiores colapsos do mercado cripto em novembro, quando foi à falência em menos de uma semana.

Uma das principais razões para o colapso da FTX foi a descoberta da má gestão dos ativos de investidores por parte de seus executivos, envolvidos em escândalos de ostentação e poliamor, além do uso de estratégias de pôquer nos negócios da empresa.

Na época, a FTX havia ascendido rapidamente para o posto de segunda maior do mundo, tornando-se um conglomerado de empresas com atuação em todo o mundo. Na Austrália, a FTX entrou por meio de outras aquisições, como a empresa HiveEx.

Segundo informações do The Guardian, quando os reguladores australianos começaram a investigar, descobriram que a FTX havia adquirido sua licença a partir de uma aquisição da IFS Markets, depois de ter adquirido a Forex Financial Services.

Foi por isso que a Comissão de Valores Mobiliários emitiu um aviso para coletar informações e avaliar a conformidade da FTX com os padrões exigidos pela licença. A investigação ainda estava em andamento quando a corretora cripto entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, em novembro.

O processo de recuperação judicial, também conhecido como falência do capítulo 11 no país, ainda está em andamento. Enquanto os executivos originais da corretora deixaram seus cargos para responder aos processos e acusações que enfrentam, um novo CEO entrou para “arrumar a bagunça” na FTX e tentar recuperar o dinheiro de investidores.

Sam Bankman-Fried, o fundador da FTX, se declarou inocente de acusações de fraude financeira. Já outros executivos do grupo, como Caroline Ellison e Gary Wang, se declararam culpados de acusações semelhantes.

Na época do colapso, Ellison, que até então permanecia desconhecida pela mídia, protagonizou uma série de polêmicas após internautas resgatarem comentários contra minorias e até mesmo contra as próprias criptomoedas, objeto principal de seus negócios até então.

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