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Governo dos EUA escolhe Coinbase para armazenar bitcoins apreendidos de criminosos

País é um dos maiores detentores de bitcoin, com reservas de mais de US$ 75 bilhões, graças às apreensões por autoridades

Governo dos EUA é um dos maiores detentores de bitcoin (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Governo dos EUA é um dos maiores detentores de bitcoin (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de julho de 2024 às 11h23.

A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, anunciou na última segunda-feira, 1º, que o governo dos EUA escolheu a exchange para armazenar as suas criptomoedas apreendidas em operações contra criminosos. Atualmente, o país é um dos maiores detentores de bitcoin do mundo.

Em um comunicado, a Coinbase explicou que foi escolhida para oferecer serviços de custódia e negociação para ativos digitais em posse do governo. A escolha foi resultado de "um processo de diligência prévia competitivo que avaliou uma gama de soluções".

Segundo a exchange, a escolha ocorreu "devido ao nosso forte histórico e capacidade de fornecer serviços criptográficos de nível institucional em escala com segurança". "Expandir a criptoeconomia significa promover mercados seguros e eficientes, e estas parcerias são fundamentais para a nossa missão", destacou.

Em seu balanço patrimonial mais recente, considerando o período encerrado em 31 de março, a Coinbase reportou que realizava a custódia de US$ 330 bilhões em ativos, com um volume de negociação institucional de US$ 256 bilhões ao longo do primeiro trimestre de 2024.

Atualmente, o governo dos Estados Unidos possui 213.543 unidades de bitcoin, de acordo com os dados mais recentes obtidos pela Arkham Intelligence. Considerando a cotação atual da criptomoeda, o valor é equivalente a US$ 75 bilhões. Há, ainda, mais US$ 2 bilhões em outros criptoativos.

A quantia coloca o governo norte-americano na lista dos 10 maiores detentores da criptomoeda, junto com o governo da China, gestoras de ETFs do ativo e a empresa MicroStrategy, maior detentora institucional e com mais de 226 mil unidades da moeda digital.

O montante de bitcoins sob custódia do governo dos Estados Unidos pertencia a diversos criminosos e foi sendo apreendido ao longo dos últimos anos, em especial após as operações contra o Silk Road, um marketplace ilegal.

Ao todo, a quantia equivale a pouco mais de 1% de toda a oferta de bitcoin. As decisões do governo dos EUA sobre as unidades da criptomoeda são acompanhadas de perto por investidores, que temem possíveis impactos negativos no preço do ativo caso as autoridades decidam vender suas unidades, o que ainda não ocorreu.

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