(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 13 de outubro de 2023 às 17h13.
Um novo relatório da Fidelity Investments, gestora com US$ 4,5 trilhões em ativos e mais de 43 milhões de clientes, colocou o bitcoin no páreo com o investimento na internet em seus primeiros dias. Segundo os especialistas, a primeira criptomoeda do mundo seria como a internet, uma tecnologia que serviu de “base” para outras invenções marcantes.
Atualmente, já existem mais de 10 mil criptomoedas, de acordo com dados do CoinGecko. Mas nenhuma delas se equipara ao bitcoin, que é “único”, nas palavras dos especialistas da Fidelity Investments.
“Como um bem monetário, o bitcoin é único. Portanto, não apenas acreditamos que os investidores devem considerar o bitcoin primeiro para entender os ativos digitais, mas que o bitcoin deve ser considerado primeiro e separado de todos os outros ativos digitais que o seguiram”, afirma o documento.
Para justificar o posicionamento extremamente otimista em relação ao bitcoin, o relatório explica que enxerga a principal criptomoeda como um “bem monetário”. Para isso, o bitcoin precisa se enquadrar em uma série de exigências.
“O bitcoin claramente possui muitas boas qualidades de dinheiro, combinando a escassez e durabilidade do ouro com a facilidade de uso, armazenamento e transportabilidade do dinheiro fiduciário (até mesmo melhorando-o)”, diz o documento.
Além disso, investir em bitcoin não seria tão arriscado quanto investir em novas tecnologias, que podem facilmente ser superadas por outras no futuro. Isso porque segundo a Fidelity, investir em bitcoin não é o mesmo que investir em ações do Google ou Amazon, por exemplo, mas sim como investir na base da internet.
Ou seja, ao comprar bitcoin, o investidor estaria comprando uma tecnologia que serviu de “base” para outras inovações marcantes como o próprio Google e Amazon.
Para justificar essa linha de pensamento, os analistas da Fidelity compararam o bitcoin ao TCP/IP, a camada base da internet.
“O que é interessante sobre essa arquitetura é que um investidor pode possuir parte da camada base dessa nova tecnologia e pode ser relativamente agnóstico sobre quais aplicações específicas são construídas em cima dela. Seria como poder possuir a camada base da Internet e obter exposição a toda a inovação que será construída em cima dela (por exemplo, Google, Amazon, etc.) sem ter que tentar escolher vencedores e perdedores específicos.”
Em 13 anos, o bitcoin subiu 550 mil vezes e desbancou todos os investimentos, inclusive os investimentos iniciais em ações do Google e da Amazon, mencionadas pelos especialistas da Fidelity Investments no relatório.
"Nunca na história da humanidade o problema da escassez digital e do verdadeiro dinheiro eletrônico peer-to-peer foi resolvido até que o bitcoin fosse inventado”, acrescentou o documento.
Depois de ter sobrevivido à diversos ciclos de baixa e crises nas finanças tradicionais, o bitcoin pode ser classificado como “antifrágil” e os investidores estariam “superestimando os riscos negativos do bitcoin quando comparados a outros ativos digitais”.
“Cada minuto, hora, dia e ano que o bitcoin sobrevive aumenta suas chances de continuar no futuro à medida que ganha mais confiança e sobrevive a mais caos. Isso também anda de mãos dadas com a propriedade da antifragilidade, onde algo se torna mais robusto ou mais forte a cada ataque ou instância em que o sistema sofre alguma forma de estresse”, disse o documento.
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