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Remy Sharp
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A Justiça dos Estados Unidos autorizou na última quarta-feira, 13, o início da venda dos US$ 3,4 bilhões em ativos da corretora falida de criptomoedas FTX. Com isso, a exchange deverá começar a se desfazer, aos poucos, de diferentes moedas digitais, em um processo que tem gerado receio no mercado e que deverá ter um impacto nos preços.

A FTX afirma que a venda é necessária para reunir o capital demandado para ressarcir seus credores e clientes. Além da venda, a exchange recebeu a autorização para realizar operações de hedge e também de staking - uma espécie de renda passiva - com esses ativos digitais.

A proposta teve apoio dos representantes dos credores, que avaliam que a venda será a forma mais rápida para garantir os pagamentos pela corretora. Entretanto, as criptomoedas deverão ser despejadas no mercado aos poucos, com um limite de US$ 200 milhões por semana para evitar movimentos de preço mais bruscos.

Criptomoedas serão prejudicadas

Com a decisão, as vendas pela exchange deverão se estender pelo resto de 2023. Dados revelados pela FTX apontam que a empresa detém US$ 1,1 bilhão em Solana, um ativo que era constantemente defendido por Sam Bankman-Fried, ex-CEO da corretora. A perspectiva de venda dessa quantidade significativa do ativo já tem resultado em uma desvalorização.

A Solana ocupa a primeira posição na lista de criptomoedas em pose da FTX. Em segundo lugar vem o bitcoin, maior criptomoeda do mundo em valor de mercado. A FTX possui cerca de US$ 500 milhões no ativo. Já o ether, segunda maior cripto do mundo, representa U$ 192 milhões alocados nos cofres da corretora falida, na terceira posição.

Em relatório, a empresa Matrixport avaliou que as vendas deverão ter um impacto considerável no mercado e dificultar a valorização de diversos ativos pelo resto de 2023. Entretanto, a robustez do bitcoin e do ether, com capitalizações maiores, deve protegê-las de quedas significativas.

Entre os ativos que deverão ser mais prejudicados pela venda, a Matrixport destacou a Solana, a ApeCoin e o AXS, token do jogo Axie Infinity. Apesar do limite de vendas mensal reduzir o impacto no mercado, o relatório aponta que a FTX não deve ser a única empresa a se desfazer de ativos.

Os fundos de capital de risco que investem no mercado de criptomoedas "também enfrentam uma pressão imensa para gerar lucros para os seus investidores. Esses fundos provavelmente vão continuar atuando como vendedores de ativos e deverão se desfazer de investimentos", destacou a Matrixport.

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