FMI propõe criação de plataforma digital para realização de pagamentos internacionais
Sistema usaria a tecnologia blockchain e a tokenização de ativos dos bancos centrais para facilitar transações
Agência de notícias
Publicado em 20 de junho de 2023 às 13h50.
O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) apresentou os esboços de uma "nova classe" de sistema de pagamento transfronteiriço que usaria uma únicarede blockchain para registrar transações de moeda digital de banco central( CBDC , na sigla em inglês), trazendo programabilidade e melhoria do gerenciamento de informações de transações.
Os funcionários do FMI escolheram uma mesa redonda sobre a política de CBDCs para revelar seu novo conceito de plataforma na última segunda-feira, 19. No evento, realizado em conjunto com o banco central do Marrocos, o diretor do departamento de mercados monetários e de capitais do FMI, Tobias Adrian, disse que o novo tipo de plataforma poderia beneficiar usuários individuais e institucionais através de taxas mais baixas e tempos de transação mais rápidos.
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Na visão de Adrian, "alguns dos US$ 45 bilhões pagos aos provedores de remessas todos os anos podem então voltar aos bolsos dos pobres". Além disso, a plataforma ajudaria os bancos centrais a intervir nos mercados de câmbio, agregar informações sobre fluxos de capital e resolver disputas. A plataforma também poderia ser adaptada para CBDCs de atacado e varejo doméstico, disse ele.
Os detalhes da plataforma, apelidada de plataforma XC (pagamento e contratação transfronteiriços, na sigla em inglês), foram descritos em um relatório publicado pelo FMI e que conta com Adrian como um dos autores. Ele foi lançado no mesmo dia do evento.
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Plataforma XC
O documento explica que "a plataforma XC oferece um único ledger confiável - um documento representando direitos de propriedade - no qual representações digitais padronizadas das reservas do banco central em qualquer moeda podem ser trocadas".
A plataforma XC foi projetada com base no modelo de infraestrutura de CBDCs. Haveria uma camada de liquidação com um único blockchain e o acesso a ele seria expandido. Atualmente, as instituições precisam ter uma conta de reserva com um banco central para realizar operações transfronteiriças, mas a plataforma XC permitiria a negociação de reservas do banco central doméstico tokenizadas .
A liquidez ainda viria de instituições com contas de reserva. Uma camada de programação ofereceria a oportunidade de inovar e personalizar os serviços. Uma camada de informação conteria detalhes do AML necessários para atender às condições de confiança e proteções de privacidade.
A plataforma XC não exigiria o uso de CBDCs, e na verdade forneceria interoperabilidade entre ativos e dinheiro tokenizado pelo setor privado e "instalaria utilmente padrões e um ambiente seguro com o qual programar contratos financeiros", já que a liquidação seria realizada em dinheiro do banco central.
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