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Favela carioca recebe a 1ª TechHouse da Polygon para capacitar jovens na Web3

Parceria entre a ONG Educar+ e 10º maior blockchain do mundo vai gerar laboratório de informática para preparar jovens do Complexo do Chapadão para a nova fase da internet

Jovens terão acesso a cursos desde alfabetização até blockchain (iStockphoto/Getty Images)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 27 de janeiro de 2023 às 13h00.

A favela do Final Feliz, no Complexo do Chapadão no Rio de Janeiro, ganhará a primeira TechHouse da Polygon. A parceria do 10º maior blockchain do mundo com a ONG Educar+ visa construir um labortário de informática social onde serão ministrados cursos dos mais variados tipos.

“A TechHouse será um espaço que vai levar ao aluno desde a informática básica até a experiência de desenvolver projetos no metaverso usando o The Sandbox e Vox Edit, por exemplo. Poderemos fazer experimentação de jogos, utilizar diferentes plataformas, as possibilidades são infinitas” disse Carol Santos, CEO do Educar+.

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Com a evolução da tecnologia, conceitos como a internet e blockchain surgiram como uma possibilidade de educação, entretenimento e oportunidade profissional. Foi pensando em democratizar o acesso à essas novas possibilidades que surgiu a ONG Educar+, que já atua em comunidades cariocas desde 2021.

A parceria anunciada na última quarta-feira, 25, com a Polygon, busca trazer infraestrutura tecnológica de ponta para levar o blockchain a lugares ainda não acessados.

A ação visa fomentar projetos de inclusão digital como os feitos pelo Educar+, que atende todos os dias mais de 100 crianças, com aulas que vão desde a alfabetização até a introdução na Web3.

Conhecida como a nova fase da internet, a Web3 engloba blockchain, criptomoedas, NFTs e muito mais para um futuro descentralizado da web, atualmente dominada por grandes monopólios de empresas como Google e Meta (antigo Facebook).

TechHouse

Antes da TechHouse, o Educar+ utilizava computadores de segunda mão doados por escolas e não tinha estrutura para expandir suas turmas de tecnologia, afirmou o anúncio da parceria. “Graças a ImpactPlus, braço social da Polygon, a ONG está devidamente equipada para atender alunos e comunidade”.

A Polygon é atualmente a principal rede de segunda camada da Ethereum, segundo maior blockchain do mundo.

Foram doados oito kits de computadores, compostos por monitor, mouse, CPU, teclado, fone, mesa, cadeira, webcam, além de data show e a reforma da sala.

A grade tecnológica do Educar+, principal pilar atendido pela TechHouse, conta com dois projetos de três turmas cada, o Era Digital e o Web3Favela.

Focado no ensino de informática básica, o Era Digital atende crianças e adolescentes, e no ano passado iniciou uma turma especial com mães de alunos; e o Web3Favela, um projeto de educação sobre Web3 para jovens periféricos, visa oportunizar transformação social através da tecnologia blockchain.

Segundo o comunicado, a Polygon Impact TechHouse reforçará as atividades da ONG, fornecendo um espaço para treinamento, workshops, discussão e networking, trazendo oportunidades na Web3 para educação, tecnologia e governança da comunidade.

Inclusão social na Web3

Para além do desenvolvimento profissional de jovens talentos, a parceria quer criar um futuro inclusivo e sustentável no Complexo do Chapadão, fornecendo acesso à tecnologia e promovendo a participação na tomada de decisões.

“Nosso objetivo é fazer jus a descentralização da Web3, e para isso ela não pode estar disponível só para quem detém o poder aquisitivo. Para ser realmente descentralizada, a blockchain tem que chegar nas comunidades, ela tem que estar no morro e no asfalto, ela tem que estar tanto na mão de um periférico, quanto ela está na mão de um executivo”, afirmou Carol Santos.

“Esta ação está alinhada com o compromisso da Polygon e Impact Plus com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, proporcionando educação de qualidade, reduzindo desigualdades, buscando mitigação da pobreza, trabalho decente e oportunidades de crescimento econômico e reforçando a igualdade de gênero por meio da tecnologia web3 e blockchain”, disse a ImpactPlus em um comunicado.

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