Executivo do JPMorgan diz que tokenização domina "99% das conversas" sobre cripto
Líder de blockchain e criptomoedas do banco disse que empresas estão mais interessadas
Redação Exame
Publicado em 4 de outubro de 2023 às 16h39.
Última atualização em 4 de outubro de 2023 às 16h43.
Tyrone Lobban, líder da área de blockchain e criptomoedas do JPMorgan , afirmou na última terça-feira, 3, que "99,9%" das conversas que o banco tem tido com seus clientes institucionais sobre o mercado de criptoativos envolve a tokenização de produtos tradicionais do mercado, e não as criptomoedas.
Segundo Lobban, existe no momento uma "grande conversa sobre como trazer os ativos tradicionais para o mundo blockchain .Quando você olha para as coisas que aconteceram no último ano, quase todos os bancos globais, corretoras e gestoras de ativos estão fazendo algo em um blockchain permissionado ou público".
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Ao mesmo tempo, o executivo destacou que a inserção de grandes empresas no mundo da tokenização está em seus estágios iniciais, com experiências menores que ele classificou como "pilotos". Mesmo assim, ele afirmou que a "intenção [ das empresas ] está muito claro".
Conforme a tokenização avança, Lobban destacou que é preciso discutir o acesso de bancos e grandes empresas a redes blockchain. Segundo ele, os bancos dos Estados Unidos tem enfrentado "diversos obstáculos, burocráticos e regulatórios", para usar redes públicas.
Isso tem incentivado essas instituições a optarem por redes próprias, privadas. É o caso do próprio JPMorgan, que lançou há alguns anos o Onyx,uma rede privada baseada na Ethereum. A configuração da rede permite a produção de contratos inteligentes em blockchains públicos, mas Lobban criticou a falta de interoperabilidade.
"No final das contas, você provavelmente vai precisar de algum tipo de conectividade entre essas redes ou algum tipo de blockchain de primeira camada mais amplo, com o qual as instituições financeiras possam realmente interagir", avaliou.
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Criptomoedas e bitcoin
Já em relação às criptomoedas , Lobban relatou que "alguns clientes simplesmente não querem se envolver agora" com essa classe de ativos. Na visão dele, as falências de grandes empresas do mundo cripto acabaram contribuindo para essa cautela em relação ao setor.
O executivo do JPMorgan disse ainda que o bitcoin tem se comportado cada vez mais como uma stablecoin graças à estabilidade de seu preço em relação ao dólar. Para Lobban, "a época de retornos gigantescos com o bitcoin pode, possivelmente, ter ficado para trás".
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