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Ex-CEO da Celsius é detido nos EUA e vira alvo de processos da SEC e outros reguladores

Alex Mashinsky é acusado de ter cometido fraude e manipulação de preços, que teriam contribuído para a falência da empresa

Celsius declarou falência em 2022 (Celsius Network/Exame)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de julho de 2023 às 17h13.

Última atualização em 13 de julho de 2023 às 17h17.

Alex Mashinsky, fundador e ex-CEO da empresa Celsius, foi detido nesta quinta-feira, 13, nos Estados Unidos após se tornar alvo de processos abertos pela Comissão de Valores Mobiliários do país, a SEC , e outros reguladores. Ele é acusado de ter realizado fraude e manipulação de preços, ações que contribuíram para a falência da empresa em 2022.

Além da SEC, o executivo também enfrenta a partir de agora processos abertos pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), pela Comissão Federal de Negociação (FTC) e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Outros executivos da Celsius também foram processados.

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As acusações englobam diferentes tipos de fraude, incluindo com valores mobiliários e commodities, além de uma acusação de manipulação de preço da criptomoeda nativa da Celsius, o CEL. A SEC classificou o CEL como um valor mobiliário, o que abriu margem para a abertura de processo pela autarquia.

Em janeiro, Mashinsky já havia sido processado pelas autoridades do estado de Nova York. Ele foi acusado de ter enganado os investidores da Celsius sobre a saúda da companhia, o que culminou na falência da empresa. No mesmo mês, ele afirmou que as acusações "não tinham fundamentos".

O Departamento de Justiça dos EUA afirma que o ex-CEO "retratou a Celsius como um banco moderno, onde os clientes poderiam depositar criptoativos com segurança e ganhar juros. Na verdade, porém, Mashinsky operava a Celsius como um fundo de investimento arriscado, recebendo dinheiro de clientes sob pretextos falsos e enganosos".

Falência da Celsius

A Celsius declarou falência em julho de 2022. À época, a companhia era uma das maiores do mercado no segmento de empréstimos com criptomoedas, mas ela foi prejudicada pela quebra do ecossistema Terra/Luna. Seus ativos acabaram sendo adquiridos pelo consórcio Fahrenheit, que atualmente está se desfazendo desse patrimônio para conseguir quitar dívidas.

Segundo a Kaiko, a empresa ainda possui mais de US$ 600 milhões em criptomoedas, considerando os dados de 30 de junho, incluindo US$ 300 milhões em bitcoin e US$ 117 milhões em ether . Entretanto, os valores representam "uma fração" dos volumes diários movimentados desses ativos, e por isso as vendas no mercado teriam um impacto menor nos preços.

Mas a Celsius ainda possui US$ 180 milhões em outras criptomoedas, incluindo US$ 100 milhões de CEL, seu token nativo. A Kaiko acredita que essa quantia representa um problema maior, já que as vendas podem levar a aumentos repentinos na oferta de diversas moedas digitais com uma demanda estável, levando a desvalorizações.

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