BlackRock lançou um ETF de bitcoin nos Estados Unidos (Bloomberg/Bloomberg)
Repórter do Future of Money
Publicado em 1 de março de 2024 às 14h00.
O ETF de bitcoin da BlackRock atingiu na última quinta-feira, 29, mais um marco importante desde o seu lançamento, chegando à marca de US$ 10 bilhões em investimentos em um tempo nunca antes registrado no mercado, de sete semanas desde sua estreia. Com isso, o fundo se consolida como um dos ETFs de melhor performance nos EUA.
O recorde foi confirmado por Eric Balchunas, especialista de ETFs na Bloomberg. O analista ressaltou que apenas 152 dos 3,4 mil ETFs negociados nos Estados Unidos possuem um total de ativos acima de US$ 10 bilhões. Entre os da criptomoeda, apenas o da Grayscale também integra o grupo.
Na visão de Balchunas, a tendência é que o ETF da BlackRock acumule mais US$ 10 bilhões em ativos de forma ainda mais rápida, conforme a apreciação no preço do bitcoin impulsiona o valor dos ativos do fundo. Já o primeiro recorde foi atingido majoritariamente por aportes, responsáveis por mais de 78% do crescimento.
Balchunas pontuou ainda que o ETF acumula a terceira maior sequência consecutiva da história em aportes considerando todo o mercado de fundos negociados em bolsa. A título de comparação, ele lembrou que o primeiro ETF de ouro precisou de dois anos para chegar à mesma marca de US$ 10 bilhões.
"Os ETFs de bitcoin absorveram 9% de todos os aportes líquidos em ETFs neste ano", comentou o analista. Nos últimos dias, o grupo de ETFs da criptomoeda tem registrado consecutivamente recordes em volume negociado e em investimentos, indicando que não houve perda de fôlego por parte dos investidores.
Na última quarta-feira, 28, os fundos tiveram um novo recorde de volume diário de negociação, totalizando US$ 7,69 bilhões. O recorde anterior era de US$ 4,66 bilhões, registrado no dia do lançamento do fundo, em 11 de janeiro, após a autorização pela SEC.
O bom desempenho dos ETFs é considerado um dos principais fatores por trás da recente disparada do bitcoin. A criptomoeda voltou a operar acima dos US$ 60 mil pela primeira vez desde 2021, e especialistas acreditam que a alta deverá continuar nos próximos meses.
Por serem ETFs de preço à vista, os aportes nos fundos resultam em aquisições equivalentes da criptomoeda. Ou seja, os ETFs têm contribuído para aumentar a demanda pelo ativo no mercado. Com uma oferta limitada, a dinâmica tem resultado em uma valorização no preço do bitcoin.
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