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Empresa brasileira lança plataforma de Web3 para conectar marcas e usuários

Sello vai oferecer mecanismos para recompensar usuários por interações com companhias, misturando mundos digital e físico

Plataforma busca atrair mais empresas para a Web3 (Getty Images/Reprodução)

Plataforma busca atrair mais empresas para a Web3 (Getty Images/Reprodução)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 19 de maio de 2023 às 10h27.

A empresa brasileira Lumx Studios anunciou na última quinta-feira, 18, o lançamento da plataforma Sello. O objetivo é conectar grandes marcas com seus clientes, combinando a Web3 com a geração atual da internet, a Web2. Caio Barbosa, co-CEO da Lumx, afirma que o projeto é um veículo vantajoso tanto para empresas quanto para clientes.

A ideia é é criar colecionáveis digitais, através de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês), que atuem como um mecanismo de prova de interação entre o usuário e uma marca. Barbosa explica que as empresas terão suas páginas dentro da plataforma e poderão criar mecanismos para que os usuários consigam “selos”, os NFTs.

O selo poderá ser obtido ao "curtir uma publicação no Twitter, assistir um vídeo no YouTube, já possuir outro colecionável da marca ou ser funcionário de uma empresa. Os requisitos podem pedir uma postura mais ativa do usuário, ou uma postura mais passiva. Ao cumprir os requisitos, o usuário resgata o colecionável em sua carteira de forma direta, sem precisar pagar taxas”, explica Barbosa.

Esses selos se convertem em benefícios para o usuário, como descontos ou acesso a experiências exclusivas, conectando os mundos digital e físico. Barbosa afirma que um dos objetivos da Sello é permitir que as marcas colaborem entre si, aumentando a interoperabilidade de marcas através da tecnologia blockchain. As experiências, no entanto, não serão monótonas, promete o co-CEO da Lumx. A plataforma deverá contar com uma estrutura de gamificação, onde o usuário sentirá que está interagindo com a marca, e vice-versa.

Apresentar a Web3 às empresas

Além dos benefícios gerados para os usuários, Barborsa conta que usar a Web3 para interagir com usuários pode reduzir muito os custos de operações de marketing das empresas: “O que estamos construindo é um mecanismo de redução de custo de aquisição de clientes (CAC), aumento de retenção e fidelização, e aumento no valor de longo prazo. Ao trabalhar com a Sello, a empresa pode reduzir seu CAC em até 90% em comparação aos custos com anúncios que ela teria em diferentes redes sociais".

Barbosa esclarece ainda que a Lumx Studios não é uma empresa de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês), fornecendo suporte técnico e estratégico para embarcar novas empresas na Web3. “Nós atuamos como parceiros tecnológicos, ajudando a definir quais seriam as melhores missões, as melhores redes sociais e os melhores requisitos a serem atingidos”, acrescenta.

Além de inserir novas empresas na Web3 através de iniciativas próprias, a Lumx também tem monitorado companhias classificadas como provedoras de recompensas. Elas têm interesse em recepcionar pessoas com colecionáveis de outras marcas, mas não querem criar iniciativas próprias. “É muito semelhante ao que a Tiffany fez, criando um pingente personalizado para quem tivesse NFTs da coleção CryptoPunk".

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Foco no usuário

Barbosa ressaltou que a experiência do usuário (UX, na sigla em inglês) ainda é uma dor real dos usuários que adentram o mercado de criptomoedas, e não é diferente na Web3. A necessidade de um entendimento considerável sobre a tecnologia por trás das aplicações é uma das principais críticas dos entusiastas. A Web2.5 é, então, uma forma de simplificar conceitos e tornar a UX mais prática, conectando as duas gerações da internet.

“É a possibilidade de que todas as pessoas e empresas aproveitem o potencial da blockchain, dos NFTs e da Web3 como um todo, sem a necessidade de passar pelas dores que são intrínsecas à jornada, como onboarding, aprendizado, utilização da tecnologia, integração, segurança e outros projetos”, explica Barbosa.

Na prática, duas principais mudanças são a viabilização do login dos usuários através do endereço de email e a ausência de cobranças de taxas, através do modelo de abstração de conta. “Haverão usuários que gostarão de saber mais, e também aqueles que querem usar suas carteiras MetaMask para acessar a plataforma. Isso será possível, mas no fim do dia, nosso foco é no mainstream, no público leigo”, acrescenta.

Além disso, serão criados mecanismos extras de segurança, como autenticação em dois fatores, dentro da plataforma. A custódia dos colecionáveis digitais, porém, sempre será dos usuários. “É a união entre o ethos da Web3 e as práticas de experiência do usuário da Web2.”

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