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'Efeito FTX' leva bitcoin para US$ 15 mil: 'não espere por novas altas', dizem analistas

Colapso da segunda maior corretora cripto do mundo gera impacto de grande magnitude nos principais ativos do setor; bitcoin chega a novas mínimas

Bitcoin chega a novas mínimas no ano com colapso da FTX (Yuriko Nakao/Getty Images)

Bitcoin chega a novas mínimas no ano com colapso da FTX (Yuriko Nakao/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 10 de novembro de 2022 às 09h06.

A principal criptomoeda do mercado, o bitcoin, está cotado na manhã desta quinta-feira, 10, em R$ 16.447. Depois que a Binance anunciou oficialmente a desistência em fechar um acordo com a FTX o bitcoin caiu para US$ 15 mil mas pouco tempo depois conseguiu se recuperar para US$ 16 mil.

Porém isso não é necessariamente uma boa notícia para o mercado de criptomoedas. Analistas apontam que os abalos que o mercado irá sentir com a possível falência da FTX ainda nem começaram.

Começam a surgir notícias sobre fundos de pensão, fundos de investimento ligados à governos, grandes investidores institucionais, entre outros, que haviam investido ou possuiam participações na FTX. Portanto, assim como o crash do ecossistema Terra (LUNA) no primeiro semestre do ano, agora temos que esperar como a possível falência da FTX vai gerar o feito cascata.

Diante do cenário de incertezas analistas apontam que é impossível prever uma alta para o bitcoin.

Portanto, o preço do bitcoin em 10 de novembro de 2022 é de US$ 16.447.

(Mynt/Divulgação)

Sem previsão

Gracy Chen, Managing Director da Bitget, destaca que o caso FTX irá desencadear uma 'onda' de regulamentação para o mercado de criptomoedas em 2023. Além disso afirmou que todas as empresas deveriam ser transparentes com o saldo de seus clientes.

"Para que as criptomoedas sejam seguras para os investidores, não podemos ter exchanges secretamente insolventes. A Bitget irá apresentar logo mais ao mercado um comprovante de reserva (proof-of-reserve) e encorajamos todas as outras exchanges que ainda não se comprometeram a fazer o mesmo. Incentivamos também outras exchanges para que tenham um fundo de proteção, assim como o que temos desde agosto (fundo que inclui 6 mil BTC e 80 milhões USDT)", disse.

Já uma análise da Bitfinex destacou que os efeitos da FTX ainda serão sentidos no mercado por um bom tempo. No entanto, segundo aponta, os 'sobreviventes' tem um trabalho adicional após o caso que é moldar uma industria baseada na transparência, descentralização e auditabilidade, principios que nortearam a criação do bitcoin.

"À medida que o espaço cripto está cambaleando em meio à pressão de venda frenética, a premissa única do bitcoin como uma forma verdadeiramente descentralizada de dinheiro digital se tornará ainda mais aparente. Embora haja muita cura a ser feita após a aparente implosão do FTX, um suposto pilar da indústria, as razões que trouxeram o bitcoin à existência são tão claras e resolutas como sempre.", afirmou.

O que é bitcoin?

O bitcoin é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O bitcoin é uma rede descentralizada ponto a ponto. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O bitcoin não pode ser impresso e a sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de bitcoins podem ser criados. O bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimo sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do bitcoin, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas razoáveis sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade do bitcoin.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e corporações. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do bitcoin, impor taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos". Esse ledger contém todas as transações processadas. Os registros digitais das transações são combinados em "blocos".

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um ledger público, um erro ou uma tentativa de fraude podem facilmente ser detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A autenticidade de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes às dos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação bitcoin seja concluída. O protocolo bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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