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Drex: Banco ABC e Microsoft usam IA para criar contratos inteligentes no piloto

Empresas decidiram aplicar inteligência artificial para tornar a criação de contratos em blockchains mais simples e acessível

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Reprodução/Reprodução)
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 3 de outubro de 2023 às 11h00.

O Banco ABC, que faz parte de um dos consórcios participando do projeto do piloto do Drex , anunciou que está utilizando inteligência artificial para desenvolver contratos inteligentes na rede de testes do Banco Central. Pedro Begotti e Francisco Prestes, da área de inovação do Banco ABC, contaram ao Cointelegraph Brasil sobre a aplicação da ABC Smart Chain dentro do ambiente.

O Drex, versão digital do real que contará com uma infraestrutura blockchain do Banco Central , apresenta a possibilidade de tornar a moeda fiduciária brasileira em dinheiro programável. Francisco Prestes, head do laboratório de inovação Future Lab, do Banco ABC, aponta que a ideia de dinheiro programável cria a necessidade de “programar o dinheiro” através de contratos inteligentes.

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A ABC Smart Chain, então, surge a partir dessa necessidade. “Programar um contrato inteligente é uma habilidade rara mesmo entre os desenvolvedores. É necessário entender Solidity, entender as redes compatíveis com Ethereum, o que torna o desenvolvimento pouco democrático”, explica Prestes.

Ele acrescenta que, com o surgimento das inteligências artificiais generativas, uma forma de facilitar o processo é criar uma ferramenta que interprete a intenção do usuário e converta o objetivo na linguagem de programação Solidity, tornando a operação mais acessível e simples.

“Então, criamos uma plataforma realmente democrática, onde o usuário final não precisa entender a parte técnica. A plataforma não só gera o contrato inteligente, como também publica nas redes permissionadas e não-permissionadas”, aponta Prestes. Além do suporte para o ecossistema Drex, a ABC Smart Chain também tem suporte para redes blockchain públicas, como Ethereum e Polygon.

Pedro Begotti, chefe de inovação do Banco ABC , conta que a ABC Smart Chain foi desenvolvida com apoio da Microsoft . Junto com as empresas Hamsa e LoopiPay, a gigante do ramo de tecnologia integra o consórcio aprovado pelo Banco Central do qual o Banco ABC participa no piloto do Drex.

“A Microsoft não estava no nosso consórcio no início, e chegou até nós com uma proposta focada em privacidade. Como a empresa já está em outros três consórcios, eu disse que não sei se faria sentido para nós sermos mais uma empresa falando de privacidade. Então propusemos algo diferente: falar de inteligência artificial, já que eles são grandes habilitadores de inteligência artificial, por conta do investimento na OpenAI”, diz Begotti.

Tokenização de ativos

Além disso, utilizando a ABC Smart Chain, o consórcio do qual o Banco ABC faz parte ofereceu três casos de uso ao Banco Central, além dos casos obrigatórios previstos no piloto do Drex.

“O primeiro deles é tokenização de ativos, através do fracionamento de uma operação de crédito e distribuição dessas frações. O segundo deles é um CDB com Drex, e o terceiro é uma operação de crédito simples, mas dando como garantia um título público comprado no Drex que a pessoa tenha na carteira”, elenca Begotti.

O mercado de tokenização de ativos reais (RWA, na sigla em inglês) tem crescido rapidamente. Nos Estados Unidos, o setor já acumula US$ 664,8 milhões em títulos públicos tokenizados, com crescimento de 483% em 2023. No Brasil, apenas em agosto, foram disponibilizados R$ 25 milhões em RWA para investidores do varejo. Os ativos tokenizados envolvem recebíveis, cotas de consórcio e fluxos de pagamento de empresas.

O Banco ABC é uma das instituições brasileiras que está de olho nesse mercado, revela Pedro Begotti. “A escolha dos nossos parceiros não é aleatória. A LoopiPay foi selecionada por conta das suas carteiras descentralizadas e pela visão de entrada de novos usuários no mundo digital. E a segunda escolha que fizemos foi a Hamsa, que é uma empresa focada em RWA”, diz.

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