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Criptomoedas devem ser reguladas, mas não banidas, diz "banco central dos bancos centrais"

Em relatório, BIS destacou que atuação de reguladores é importante para reduzir riscos ligados ao mercado cripto

BIS defendeu regulamentação de criptomoedas (Reprodução/Reprodução)

BIS defendeu regulamentação de criptomoedas (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 23 de agosto de 2023 às 16h15.

O BIS, também conhecido como "banco central dos bancos centrais", divulgou nesta semana um relatório em que defende a regulamentação, e não a proibição, de criptomoedas como forma de reduzir os riscos existentes nesse mercado atualmente. Além disso, a organização também falou sobre tendências positivas para o setor.

No relatório, o BIS defendeu que, por conta própria, o setor de cripto está falhando em reduzir os custos financeiros nos mercados emergentes. Entretanto, a resposta dos reguladores não deve ser uma proibição, mas sim a regulamentação dessa classe de ativos.

Na visão do banco, economias emergentes se tornaram os mercados mais atrativos para cripto devido ao interesse da população em ativos alternativos e mais estáveis que as suas moedas fiduciárias. Além disso, muitos desses países enfrentam uma falta de alternativas às finanças tradicionais.

Porém, para o BIS, as promessas de que as criptomoedas conseguem proteger investidores da inflação ou oferecer uma alternativa de pagamento mais barata seriam um "apelo ilusório". Além disso, o relatório afirma que o uso desses ativos para envios de remessa pode afetar a estabilidade financeira ao gerar "mudanças abruptas e extensas nos fluxos de capital".

Por isso, a instituição argumenta que "até o momento, os criptoativos não reduziram, e na verdade amplificaram, os riscos financeiros em economias menos desenvolvidas". Entretanto, a tecnologia "ainda pode ser aplicada de várias formas construtivas", mas com a existência de uma regulamentação.

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Usos das criptomoedas

Outro ponto destacado pelo relatório do BIS é a possibilidade dos Estados Unidos ganharem fundos negociados em bolsa (ETFs) que acompanhariam o preço à vista do bitcoin. Para a instituição, esses produtos seriam uma alternativa mais segura e acessível para investidores.

No relatório, o BIS manteve uma posição já tradicional de ceticismo em relação ao uso de criptomoedas como uma alternativa aos meios de pagamento. A instituição acredita que esses ativos possuem "falhas inerentes" que impedem a adoção e uso por parte das pessoas com esse objetivo.

Além disso, a posição pró-regulação do BIS se soma a de outras organizações internacionais, incluindo o G20. A ideia é que, ainda este ano, seja divulgada uma proposta de regulamentação comum para o setor a nível global.

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