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Remy Sharp
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A crise do banco Credit Suisse, que precisou ser resgatado e adquirido pelo UBS, tem beneficiado o mercado de criptomoedas, mas antes disso a instituição financeira deu alguns sinais de que não acreditava no potencial dos criptoativos e os via mais como uma ameaça do que opção de investimento

E nesta semana o criador do blockchain Cardano Charles Hoskinson compartilhou um depoimento que corrobora com essa visão. Segundo ele, o banco não aceitou uma tentativa dele de abrir uma conta em 2014, quando ele morava na Suíça e era o então CEO da Ethereum.

Ele revelou que o Credit Suisse justificou a decisão dizendo que as criptomoedas eram "muito perigosas e instáveis", e que portanto não gostariam de trabalhar com esse tipo de ativo. Hoskinson destacou a ironia do caso, já que agora é o banco que passa por instabilidades.

"O pessoal do Credit Suisse disse: 'criptos são muito perigosas, considerar, seria tão instável e tão terrível, e temos uma reputação a proteger, estamos aqui para o longo prazo, estamos aqui há mais de 150 anos e não conseguiremos abraçar essa coisa de cripto'. E agora o UBS está comprando o Credit Suisse", comentou Hoskinson.

Na visão do fundador da Cardano, "o sistema bancário [...] está desmoronando [...] previsivelmente, porque sempre foi um esquema de Pirâmide baseado em pegar dinheiro de outras pessoas e usá-lo para multiplicar e criar dinheiro do nada, dar para pessoas em todo o mundo. E então você obtém lucros com isso até que as pessoas fiquem um pouco instáveis, aí você socializa suas perdas e as dá para a sociedade. É isso que acontece há anos no setor bancário".

Ex-CEO do Credit Suisse criticou bitcoin

Também nesta semana, investidores compartilharam declarações de um dos ex-CEOs do Credit Suisse, Tidjane Thiam, em 2017. À época, ele se referiu ao bitcoin como "a própria definição de uma bolha", e disse que "a maioria dos bancos, no atual cenário regulatório, tem pouco ou nenhum apetite para se envolver com uma moeda com tantos desafios de lavagem de dinheiro".

O então responsável por liderar o Credit Suisse afirmou ainda que "pelo que podemos identificar, a única razão hoje para comprar ou vender bitcoin é ganhar dinheiro, o que é a própria definição de especulação e a própria definição de bolha", se referindo a uma bolha financeira, quando investidores fazem ativos dispararem sem fundamentos.

Desde então, o bitcoin passou por novos ciclos de alta e baixa, mas acumula uma forte valorização e uma adoção crescente em relação àquele período. Atualmente, a criptomoeda tem uma nova tendência de alta, e ultrapassou os US$ 28 mil exatamente devido a uma crise em que o Credit Suisse se inseriu.

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