Credit Suisse recusou abrir conta para fundador da Cardano citando 'perigo' de criptos
Antes de entrar crise, banco não permitiu que criador de um dos maiores blockchains do mercado tivesse uma conta na instituição
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Credit Suisse já criticou criptomoedas anteriormente (Reprodução/Reprodução)

Publicado em 21 de março de 2023, 16h30.
A crise do banco Credit Suisse, que precisou ser resgatado e adquirido pelo UBS, tem beneficiado o mercado de criptomoedas, mas antes disso a instituição financeira deu alguns sinais de que não acreditava no potencial dos criptoativos e os via mais como uma ameaça do que opção de investimento
E nesta semana o criador do blockchain Cardano Charles Hoskinson compartilhou um depoimento que corrobora com essa visão. Segundo ele, o banco não aceitou uma tentativa dele de abrir uma conta em 2014, quando ele morava na Suíça e era o então CEO da Ethereum.
Ele revelou que o Credit Suisse justificou a decisão dizendo que as criptomoedas eram "muito perigosas e instáveis", e que portanto não gostariam de trabalhar com esse tipo de ativo. Hoskinson destacou a ironia do caso, já que agora é o banco que passa por instabilidades.
"O pessoal do Credit Suisse disse: 'criptos são muito perigosas, considerar, seria tão instável e tão terrível, e temos uma reputação a proteger, estamos aqui para o longo prazo, estamos aqui há mais de 150 anos e não conseguiremos abraçar essa coisa de cripto'. E agora o UBS está comprando o Credit Suisse", comentou Hoskinson.
Na visão do fundador da Cardano, "o sistema bancário [...] está desmoronando [...] previsivelmente, porque sempre foi um esquema de Pirâmide baseado em pegar dinheiro de outras pessoas e usá-lo para multiplicar e criar dinheiro do nada, dar para pessoas em todo o mundo. E então você obtém lucros com isso até que as pessoas fiquem um pouco instáveis, aí você socializa suas perdas e as dá para a sociedade. É isso que acontece há anos no setor bancário".
Ex-CEO do Credit Suisse criticou bitcoin
Também nesta semana, investidores compartilharam declarações de um dos ex-CEOs do Credit Suisse, Tidjane Thiam, em 2017. À época, ele se referiu ao bitcoin como "a própria definição de uma bolha", e disse que "a maioria dos bancos, no atual cenário regulatório, tem pouco ou nenhum apetite para se envolver com uma moeda com tantos desafios de lavagem de dinheiro".
O então responsável por liderar o Credit Suisse afirmou ainda que "pelo que podemos identificar, a única razão hoje para comprar ou vender bitcoin é ganhar dinheiro, o que é a própria definição de especulação e a própria definição de bolha", se referindo a uma bolha financeira, quando investidores fazem ativos dispararem sem fundamentos.
Desde então, o bitcoin passou por novos ciclos de alta e baixa, mas acumula uma forte valorização e uma adoção crescente em relação àquele período. Atualmente, a criptomoeda tem uma nova tendência de alta, e ultrapassou os US$ 28 mil exatamente devido a uma crise em que o Credit Suisse se inseriu.
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Créditos

Da Redação
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