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Corretora de criptomoedas Bitrue perde R$ 113 milhões após ataque hacker

Exchange compartilhou um comunicado em que afirma que "menos de 5%" de suas reservas foram afetadas

Ataque hacker se aproveitou de vulnerabilidade em carteira de criptomoedas (envato/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 14 de abril de 2023 às 11h07.

A corretora de criptomoedas Bitrue confirmou nesta sexta-feira, 14, que foi vítima de um ataque hacker. A ação teria envolvido a invasão de uma das carteiras digitais em que a exchange armazena os seus fundos, resultando em um roubo de US$ 23 milhões (R$ 113,95 milhões, na cotação atual).

Até o momento, a empresa baseada em Singapura não explicou como exatamente os hackers conseguiram invadir a carteira e como a movimentação foi feita. Em um comunicado, ela disse que "identificou uma breve invasão" em uma de suas carteiras na manhã desta sexta-feira.

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"Nós conseguimos abordar essa questão rapidamente e prevenimos uma invasão maior nos fundos", ressaltou a corretora de criptomoedas. Ela informou ainda que sua equipe está investigando o caso para obter mais detalhes e entender como os hackers realizaram a invasão.

Ainda segundo a Bitrue, "os responsáveis conseguiram sacar ativos equivalentes a aproximadamente US$ 23 milhões nas seguintes moedas digitais: ether, matic, shib, gala, qnt e hot". A quantia roubada equivale a menos de 5% de suas reservas, de acordo com a corretora.

O comunicado informa ainda que as outras carteiras digitais usadas pela empresa para armazenar fundos não foram invadidas e estão seguras. Como precaução, a Bitrue suspendeu todos os saques por clientes, com a expectativa de retomá-los no próximo dia 18 de abril.

A companhia garantiu ainda que vai ressarcir todos os seus usuários que tenham tido algum tipo de prejuízo devido ao incidente. De acordo com dados do site CoinGecko, a Bitrue possui um volume médio de negociação de US$ 1 bilhão por dia, em especial envolvendo bitcoin e ether.

Risco de carteiras "quentes"

Apesar da corretora de criptomoedas não ter dado mais detalhes sobre a invasão até o momento, o caso mostra algumas das vulnerabilidades das carteiras digitais "quentes", ou hot wallets. Elas possuem esse nome porque ficam conectadas à internet, facilitando seu acesso e a realização de movimentações.

Entretanto, exatamente devido a essa característica, elas acabam ficando mais vulneráveis a ataques do que as chamadas carteiras digitais frias, ou cold wallets. Elas são dispositivos físicos que funcionam sem precisar da conexão à internet, e são consideradas mais seguras no mercado.

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