Future of Money

Contagem regressiva para atualização da Ethereum: empresas e projetos demonstram apoio à 'The Merge'

2º maior blockchain do mundo passará por atualização mais importante de sua história e grandes empresas e projetos demonstram apoio

Ethereum passará por atualização em 6 de setembro (Thomas Trutschel / Colaborador/Getty Images)

Ethereum passará por atualização em 6 de setembro (Thomas Trutschel / Colaborador/Getty Images)

Conforme a atualização mais importante da Ethereum até agora se aproxima, grandes empresas e projetos envolvidos no universo das criptomoedas revelam seu posicionamento quanto à “The Merge”.

Conhecida como “The Merge” ou “A Fusão” em português, a atualização mudará a forma como as transações da rede são validadas, podendo gerar uma economia de até 99% de energia elétrica. Agendada para iniciar no próximo 6 de setembro, a atualização pode demorar até o dia 20 para se concretizar.

Após a “The Merge”, todas as transações da rede principal da Ethereum serão validadas sob o mecanismo da prova de participação (PoS), que escolhe seus validadores por meio da quantidade de criptomoedas bloqueadas na rede, em um processo chamado de staking.

(Mynt/Divulgação)

Apesar das expectativas serem otimistas quanto à economia de energia e a valorização do ether, criptomoeda nativa da rede, após a atualização, a “The Merge” ainda possui seus críticos.

Um dos receios dos apoiadores da The Merge, incluindo o criador da Ethereum, Vitalik Buterin, é que a atualização não seja bem recebida pelo mercado e com isso, sejam criadas bifurcações da rede que mantenham o mecanismo da prova de trabalho (PoW). Buterin chegou a recomendar o uso da rede Ethereum Classic ao invés da criação de uma nova bifurcação.

No entanto, a grande maioria dos projetos e empresas mais importantes do setor demonstram seu apoio à mudança. Apenas na última semana, as maiores corretoras de criptomoedas, e o maior marketplace de NFTs, se posicionaram de forma favorável à “The Merge”.

Pensando em um cenário em que bifurcações sejam criadas após a conclusão da atualização, que deve ocorrer por volta de 15 de setembro, a Binance anunciou que listará os tokens gerados pelo processo, mas irá manter o ticker “ETH” para o token da rede principal da Ethereum.

“Vamos creditar às contas Binance dos usuários o token bifurcado na proporção de 1:1, com base no instantâneo dos saldos de ETH antes da atualização da fase de execução de Paris”, afirma o comunicado. A fase “Paris” será a última da “The Merge”, prevista para ser implementada entre o dia 10 e 20 de setembro.

A segunda maior corretora cripto, Coinbase, também demonstrou posicionamento similar ao da Binance quanto à possíveis bifurcações da rede Ethereum após a “The Merge. A intenção de dar lugar para um segundo token oriundo da bifurcação seria “criar um campo de jogo nivelado”, segundo a empresa.

Tanto a Binance quanto a Coinbase, no entanto, fizeram ressalvas de que o token somente seria listado em suas plataformas após um processo de verificação, aplicado a todos os tokens listados por ambas.

A Bitfinex, em 8º lugar entre as corretoras por volume de transações, afirmou que daria aos seus investidores a opção de escolher entre os tokens.

Já o OpenSea, maior marketplace de NFTs da atualidade, afirmou que apoiará somente o token da rede principal da Ethereum após a atualização. Boa parte dos NFTs mais famosos do mundo à venda na plataforma são da rede Ethereum, que lidera quando o assunto são tokens não fungíveis.

Nomes como Bored Ape Yacht Club e CryptoPunks, as duas mais valiosas do mundo, estão à venda no OpenSea e funcionam a partir da Ethereum.

“Estamos comprometidos em apoiar exclusivamente NFTs na rede Ethereum PoS pós atualização”, afirmou o OpenSea.

A gigante dos NFTs acrescentou que qualquer bifurcação da Ethereum não será suportada no OpenSea para fornecer a transição mais suave possível após a fusão.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:BlockchainEthereum

Mais de Future of Money

Bitcoin: será que já chegamos ao topo?

Inteligência artificial generativa e tokenização: o futuro da propriedade intelectual

Stablecoins: o dólar digital sem fronteiras?

ETFs de cripto: entendendo a tese de investimento em ativos digitais para 2025