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Compras de criptoativos no Brasil dobram em um ano e já somam US$ 10,7 bilhões em 2024

Entre janeiro e julho de 2024, brasileiros compraram US$ 10,7 bilhões em criptomoedas, contra US$ 792 milhões em vendas; no mesmo período de 2023, foram US$ 6,1 bilhões em compras e US$ 180 milhões em vendas

(Madrolly/Getty Images)
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 28 de agosto de 2024 às 16h21.

Os investimentos de brasileiros em criptoativos ultrapassaram a marca de US$ 10 bilhões em 2024. Dados divulgados pelo Banco Central nesta semana revelam que entre janeiro e julho, as despesas (compras) do país com criptoativos somaram US$ 10,7 bilhões, enquanto as receitas (vendas) atingiram US$ 792 milhões, resultando em um saldo líquido negativo de US$ 9,9 bilhões.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o saldo líquido e o valor das compras cresceram cerca de 50%, com despesas de US$ 6,1 bilhões e receitas de US$ 180 milhões, totalizando -US$ 5,9 bilhões.

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Além disso, o montante está muito próximo do saldo líquido total de US$ -11,7 bilhões registrado em todo o exercício de 2023. Considerando-se que em julho, o BC registrou US$ 1,4 bilhão em compras e US$ 55 milhões em vendas, com um saldo líquido negativo de US$ 1,36 bilhão, é muito provável que, em agosto, o valor gasto com criptomoedas por brasileiros em 2024 ultrapasse o total do ano passado.

O BC contabiliza a compra e venda de criptoativos como despesas e receitas, respectivamente. Um saldo líquido negativo significa que as pessoas estão adquirindo mais criptoativos.

No entanto, o impacto negativo de US$ 9,9 bilhões não pesará sobre o resultado da balança comercial brasileira. Em junho, o BC adotou uma norma técnica editada em 2019 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que modifica o status das criptomoedas nas estatísticas de balanços de pagamentos.

Criptoativos sem emissor, anteriormente tratados como bens, agora são considerados 'ativos não financeiros não produzidos.' Com essa medida, as importações de criptoativos deixaram de ser registradas na balança comercial e agora são contabilizadas na conta de capital, que compreende as transações de compra e venda de bens e transferências de capital.

A revisão metodológica possui caráter retroativo, contribuindo para reduzir os déficits em transações correntes registrados pelo Brasil em 2023 e 2024.

Apesar da mudança no status contábil dos criptoativos, o Brasil registrou um déficit em transações correntes de US$ 5,1 bilhões em julho, causado principalmente pelas importações de serviços, que englobam transportes, seguros, serviços financeiros e viagens internacionais.

Com isso, o déficit das contas externas brasileiras atingiu seu maior nível desde 2019, com um saldo negativo de US$ 25,5 bilhões registrado entre janeiro e julho deste ano. O montante representa mais do que o dobro do total registrado no mesmo período do ano passado – US$ 12,5 bilhões.

Em paralelo, o Banco Central está em vias de abrir uma consulta pública sobre a regulação das criptomoedas no país, com foco na prestação de serviços de negociação e custódia, conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil.

Com isso, a regulamentação das exchanges de criptomoedas será finalizada apenas no início de 2025, segundo Otávio Damaso, diretor de Regulação do BC.

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