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Com queda de 58% em 2022, bitcoin cai para US$ 19 mil e banco JPMorgan diz que é hora de vender

A principal criptomoeda do mundo continua em queda e posicionamento de banco de investimentos é pessimista. No entanto, 62% dos investidores não vende bitcoin há 1 ano

Bitcoin cai para US$ 19 mil (Cemile Bingol/Getty Images)

Bitcoin cai para US$ 19 mil (Cemile Bingol/Getty Images)

Nesta quinta-feira, 1, o mercado de criptomoedas segue estável, movimentando US$ 63 bilhões e mantendo capitalização de aproximadamente US$ 1 trilhão, de acordo com dados do CoinGecko. O bitcoin, principal criptomoeda, é cotado a US$ 19.988 e cai 1,7% nas últimas 24 horas. Apesar disso, analistas do banco JPMorgan recomendam que seus clientes vendam suas posições no ativo.

Em uma entrevista recente à Bloomberg, o analista David Kelly, do JPMorgan, revelou um posicionamento pessimista quanto aos ativos de risco como as criptomoedas. Segundo ele, esta não seria uma boa opção de investimento, já que o mundo caminha para uma recessão econômica.

“A economia está com um pé na recessão e o outro na casca de banana. Certifique-se de que você está acima do valor do mercado dos EUA e do mercado internacional, bem como ações com relação preço/lucro relativamente baixa”, disse.

(Mynt/Divulgação)

A fala de Kelly reflete as últimas decisões do banco central norte-americano para conter a inflação recorde no país. Já em recessão técnica após a queda no PIB, os EUA pretende manter uma política cada vez mais rígida para evitar o colapso de sua economia.

Jerome Powell, o presidente do Fed, revelou essa semana que o banco central norte-americano pretende continuar aumentando as taxas de juros do país até o nível que achar adequado, o que pode prejudicar o bitcoin e outros ativos de risco.

O bitcoin já cai quase 56% em 2022, de acordo com dados do CoinMarketCap. Kelly e seus colegas no JPMorgan esperam ainda mais volatilidade para a criptomoeda frente ao alto risco de recessão. Ele recomenda evitar ações e ativos ligados a tecnologia relacionados ao mercado cripto e também evitar o investimento em bitcoin e outras criptomoedas.

Apesar disso, a maioria dos investidores aparenta querer manter seus bitcoins para o longo prazo. De acordo com dados do TipRanks, mesmo com a queda expressiva da maior criptomoeda do mundo, 62% dos seus investidores não vendem o ativo há mais de um ano.

Na época, em 2021, o bitcoin se encaminhava para uma alta histórica de mais de US$ 69 mil. Desde então, o preço da criptomoeda recuou mais de 70%.

Além disso, o ether, segunda maior criptomoeda, é cotado a US$ 1.562, apresentando queda de 2% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nativa da rede Ethereum, a moeda veio despertando o otimismo de investidores nos últimos meses, por conta da proximidade de uma importante atualização em sua rede.

Agendada para 6 de setembro, a “The Merge” modificará a forma como as transações são validadas na rede, prevendo uma economia de até 99% de energia elétrica, tornando a Ethereum mais sustentável.

Apesar disso, o ânimo de investidores parece ter recuado à medida que a atualização se aproxima. Analistas do Bank of America apontaram no início da semana que a “The Merge” pode não impactar positivamente o preço do ether no longo prazo.

Outra criptomoeda apresenta queda significativa nesta quinta-feira, 1. A AVAX, nativa da rede Avalanche, cai 4,3% de acordo com dados do CoinMarketCap e segue amargando perdas desde que um site divulgou acusações de que a empresa por trás do blockchain teria contratado um escritório de advogados para “sabotar” suas concorrentes.

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