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CEO do Goldman Sachs diz que bitcoin pode ser 'reserva de valor legítima'

David Solomon afirma que ainda vê criptomoeda como investimento especulativo, mas reconhece potencial caso de uso como reserva

David Solomon é o atual CEO do Goldman Sachs (Bloomberg/Getty Images)

David Solomon é o atual CEO do Goldman Sachs (Bloomberg/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 12h18.

Última atualização em 1 de agosto de 2024 às 12h32.

Conhecido por seu histórico complexo em relação ao bitcoin, David Solomon, CEO do Goldman Sachs, mostrou nesta semana que está começando a mudar de opinião sobre a criptomoeda, apesar de ainda ver o ativo principalmente como uma opção de investimento especulativo.

Em entrevista ao canal CNBC, Solomon reforçou que "sempre pensei que o bitcoin é um investimento especulativo" e que, no momento, não vê um "caso de uso real" para a maior e mais antiga criptomoeda do mercado. Entretanto, ele também elogiou o mundo cripto.

Na visão dele, a tecnologia blockchain que está por trás das criptomoedas é "superinteressante" e tem potencial para reduzir as fricções atuais no mercado financeiro e auxiliar na crescente digitalização do sistema financeiro.

Já sobre o possível uso do bitcoin como uma reserva de valor, em uma espécie de "ouro digital", o CEO do Goldman Sachs disse que "pode muito haver um caso de uso como reserva de valor". Em 2021, Solomon chegou a dizer que a criptomoeda "está em um caminho inevitável para ter a mesma capitalização de mercado do ouro, ou até maior".

O Goldman Sachs está entre os gigantes do mercado financeiro que tem testado projetos com a tecnologia blockchain e se envolvido no mercado de criptomoedas. Atualmente, o banco participa da Canton Network, um projeto de blockchain voltado para ativos institucionais.

O Goldman Sachs também está envolvido nas operações do ETF de bitcoin da gestora BlackRock, atuando como um "participante autorizado" do produto. O banco também anunciou que pretende lançar três projetos de tokenização de ativos ainda em 2024.

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Segundo Mathew McDermott, diretor global de ativos digitais do banco, o Goldman Sachs planeja expandir a oferta atual de criptoativos para seus clientes, mas tem como foco principalmente a tokenização de ativos do mundo real.

O executivo ressaltou ainda que o lançamento de ETFs de bitcoin nos Estados Unidos resultou em um "momento renovado para os criptoativos", mas que nem todos os executivos do Goldman Sachs compartilham dessa visão. A líder de investimentos do banco afirmou recentemente que ainda não vê cripto como uma classe de investimentos válidas.

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