Future of Money

CEO da BlackRock reconhece erro sobre bitcoin e vê ativo como "ouro digital"

Larry Fink disse que tinha "opinião errada" sobre criptomoeda e reconheceu ativo como "instrumento financeiro legítimo"

BlackRock lançou ETF de bitcoin em janeiro de 2024 (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

BlackRock lançou ETF de bitcoin em janeiro de 2024 (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 15 de julho de 2024 às 15h24.

Última atualização em 15 de julho de 2024 às 15h26.

Larry Fink, CEO da BlackRock, disse nesta segunda-feira, 15, que tinha uma "opinião errada" sobre o bitcoin. Responsável por comandar a maior gestora de ativos do mundo, o executivo reconheceu que a criptomoeda é um "instrumento financeiro legítimo" e a comparou ao ouro.

Fink falou sobre o tema em uma entrevista para o canal de televisão CNBC, nos Estados Unidos. Questionado sobre sua mudança de posição em relação à criptomoeda, ele disse que sua opinião sobre o ativo compartilhada há cinco anos "estava errada". Na época, ele se opôs à moeda digital.

Anos depois, o CEO da BlackRock acabou mudando de visão. "Eu acredito que o bitcoin é um instrumento financeiro legítimo", disse. Para Fink, a criptomoeda seria um "ouro digital", ou seja, uma versão da reserva de valor mais conhecida e usada no mercado internacional.

O CEO explicou que sua opinião mudou após estudar mais o tema. Agora, ele se classifica como um "grande fiel" da criptomoeda, destacando as diferentes vantagens em investir no ativo, em especial como uma forma de diversificação de carteira e proteção de patrimônio.

Na visão de Fink, o bitcoin "deveria fazer parte do portfólio de todos os investidores", já que o ativo oferece mais controle e independência financeira para seus donos e está cada vez mais sem correlação com alguns ativos mais tradicionais do mercado.

"É um instrumento que você investe quando está mais assustado. É um instrumento para quando você acredita que os países estão retirando as bases das suas moedas devido aos seus déficits excessivos", defendeu o CEO da BlackRock.

Por isso, ele diz que "existe uma necessidade real para todos olharem para o bitcoin como uma alternativa. Baseado nessa visão, a BlackRock intensificou seus projetos na área de criptoativos, com destaque para o lançamento em 2024 de um ETF de bitcoin nos EUA, atualmente o maior da categoria.

Michael Dell, CEO da gigante de tecnologia do mesmo nome, foi um dos que reagiram nas redes sociais às novas falas de Fink. Ele classificou a análise do CEO da BlackRock como "fascinante", semanas após realizar publicações que indicaram um possível apoio à criptomoeda.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BlackRockBitcoinCriptomoedasCriptoativos

Mais de Future of Money

"Fator Trump" cria volatilidade, mas pode fazer bitcoin disparar, diz gestora

Fundos de criptomoedas atingem US$ 17 bilhões e batem novo recorde de investimentos

Tokens das seleções da Argentina e da Espanha caem mais de 20% mesmo com vitórias em torneios

Após atentado contra Trump, bitcoin dispara e registra maior alta em dois meses

Mais na Exame