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Brian May, do Queen, registra patentes para NFTs e produtos no metaverso

Guitarrista da banda britânica entrou com pedidos nos Estados Unidos, citando colecionáveis digitais e "meta tokens"

Brian May, guitarrista do Queen, planeja ingressar no metaverso (Getty Imagens/Getty Images)

Brian May, guitarrista do Queen, planeja ingressar no metaverso (Getty Imagens/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 30 de maio de 2023 às 15h56.

Brian May, músico famoso por ser o guitarrista da banda Queen, entrou com um pedido de patente nos Estados Unidos por meio da sua empresa, a Duck Productions, envolvendo diferentes produtos ligados à Web3, a próxima geração da internet. A solicitação aponta um interesse do artistas em áreas como o metaverso e tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês).

O advogado Michael Kondoudis, que atua nos Estados Unidos e acompanha processos de registro de patentes, identificou o pedido, que foi submetido para as autoridades norte-americanas na última quinta-feira, 25. "Brian May está vindo para o metaverso!", destacou o advogado em um post sobre o assunto.

De acordo com o pedido, a empresa do guitarrista do Queen está trabalhando em "arquivos digitais que podem ser baixados e são autenticados por meio de tokens não-fungíveis", os NFTs. Esses arquivos incluiriam "artes digitais e colecionáveis", com o uso de "meta tokens, NFTs e certificados.

O pedido da empresa também inclui óculos e headsets de realidade virtual (VR, na sigla em inglês), aumentada (AR) e mista (MR). A patente incluiria um software desenvolvido para a "produção, criação automatizada e não automatizada e modificação automatizada e não automatizada de artes, textos, mídias interativas, informações, fotos, vídeos, imagens e ambientes virtuais".

A descrição da solicitação sugere que a empresa de Brian May estaria trabalhando em diversos produtos virtuais que poderiam ser usados em um ambiente de metaverso, como "roupas, tênis, camisetas, gorros, máscaras, joias, perfumes, cosméticos, relógios, fones de ouvido, óculos e óculos de Sol".

Até o momento, May e sua empresa não deram mais detalhes sobre o projeto ou se ele poderia ter alguma ligação com o Queen. A banda, famosa por ter como vocalista o astro Freddy Mercury e por emplacar diversos sucessos mundiais no mundo da música, ainda realiza shows e turnês esporádicas, reunindo alguns dos membros originais, incluindo o próprio guitarrista.

Metaverso está morto?

A estratégia de Brian May mostra que empresas e famosos ainda estão apostando em casos de uso para seus produtos no metaverso, mesmo em meio à queda na popularidade desse segmento e das discussões em torno das suas aplicações e mudanças para a economia.

Em um artigo publicado em maio no jornal Financial Times, o CEO de uma empresa de relações públicas, Ed Zitron, afirmou que a "tecnologia outrora badalada" havia "morrido após ser abandonada pelo mundo dos negócios". Ele destacou que a plataforma de realidade virtual da Meta, Horizon Worlds, não teria cumprido sua "grande promessa" de se tornar o futuro da internet.

O texto viralizou nas redes sociais, atraindo tanto apoiadores quanto críticos. O CEO da Epic Games, Tim Sweeney, continua otimista sobre o metaverso e reforçou essa posição ao zombar da análise de Zitron, afirmando que 600 milhões de usuários em plataformas de mundos virtuais como Fortnite, Minecraft, Roblox, The Sandbox e VR Chat.

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