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Brasil tem 6ª maior adoção de criptomoedas no mundo, mas Argentina lidera na América Latina

Emirados Árabes Unidos, Singapura e Turquia lideram a adoção global de criptomoedas, e a Ásia é o continente com mais usuários

Brasil está entre maiores mercados de criptomoedas (Reprodução/Reprodução)

Brasil está entre maiores mercados de criptomoedas (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 16 de julho de 2024 às 17h31.

Um levantamento divulgado pela empresa Triple-A aponta que o Brasil é o sexto país com maior adoção de criptomoedas em todo o mundo. Ao todo, a companhia estima que 560 milhões de pessoas são donos de ativos digitais, com uma média global de adoção de 6,8%.

Os dados indicam que a Ásia é o continente com mais usuários de criptomoedas, com 327 milhões, mais da metade de todos os detentores de ativos digitais do mundo. Em segundo lugar está a América do Norte, com 72 milhões, seguida da América do Sul, com 55 milhões, e da Europa, com 49 milhões de usuários.

Os dois continentes com as menores taxas de adoção do mundo são a África, com 44 milhões de usuários, e a Oceania, com 3 milhões de usuários. Em geral, 61% dos usuários são homens, enquanto 39% são mulheres. A renda média anual de um investidor do setor é de US$ 25 mil (R$ 135 mil, na cotação atual).

O levantamento também indica que 71% dos investidores de criptomoedas possuem formação universitária, e 72% têm menos de 34 anos de idade. Os dados são referentes ao ano de 2023.

Na divisão por países, a maior adoção é dos Emirados Árabes Unidos, onde 25,3% da população é proprietária de ativos digitais. O segundo lugar é de Singapura, com 24,4%, enquanto o terceiro é da Turquia, com 19,3%.

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Já a Argentina está na quarta posição, com 18,9% da população adotando criptomoedas, e a Tailândia está na quinta posição, com 17,6%. O Brasil vem logo atrás, na sexta posição, com 17,5%, seguido pelo Vietnã, com 17,4. Os Estados Unidos, a Arábia Saudita e a Malásia completam o top10.

Dentre os 30 países com maior adoção de criptomoedas, a Índia ficou na última posição, com uma taxa de 8,2%, mas ainda acima da média global. O levantamento aponta, ainda, que as economias emergentes têm uma adoção de ativos digitais maior que as economias desenvolvidas.

A Triple-A afirma que a taxa de crescimento da adoção de criptomoedas "superou significativamente" a taxa de adoção de meios de pagamento tradicionais, com um contraste de crescimento de 99% entre 2018 e 2023, contra 8% dos meios tradicionais.

É importante observar que as causas para a adoção de criptoativos varia de país em país. Na Argentina e na Turquia, por exemplo, a população busca ativos digitais em um cenário de forte inflação e desvalorização de moedas locais. Já nos Emirados Árabes e em Singapura, há um fomento à inovação e incorporação de novas tecnologias, além de populações significativamente menores, facilitando a obtenção de altas taxas de adoção.

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