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Brasil é único país que combina três fatores chave para cripto, diz executivo da Ripple

Gigante do setor revela foco no Brasil entre os países da América Latina; entenda porque o país pode ser o novo “celeiro cripto”

 (Madrolly/Getty Images)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 18 de outubro de 2024 às 10h58.

Última atualização em 18 de outubro de 2024 às 11h43.

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Após o surgimento da tecnologia blockchain e seu primeiro caso de uso em massa com as criptomoedas, países ao redor do mundo se vêem obrigados a adaptar suas regulações para atender às novas demandas de uma moeda feita para a era digital. No caso do Brasil, os avanços são muitos e tornam o país atraente para grandes empresas, como a Ripple, empresa relacionada à criptomoeda XRP, uma das maiores do mundo em valor de mercado.

Em entrevista à EXAME durante o evento Swell 2024 em Miami, Silvio Pegado, diretor da Ripple na América Latina, afirmou que existem três fatores chave que tornam o Brasil tão atraente para empresas de cripto.

“O Brasil, de longe, é o único país [da América Latina] que combina as três coisas: um regulador ativo, uma indústria financeira envolvida e um ecossistema cripto em desenvolvimento. Se você começar a olhar para esses três pilares, você vai perceber que o Brasil é, no fim, um país único na América Latina”, disse ele à EXAME.

“É assim que vemos, e hoje estamos focados no Brasil. Nós já lançamos três produtos desde o início: pagamentos, custódia e stablecoin”, acrescentou. Na última terça-feira, 15, a Ripple anunciou novidades sobre o seu projeto de stablecoin no Swell 2024. A moeda, lastreada em dólar, deverá se chamar RLUSD, já conta com diversos parceiros e está pronta para o lançamento, aguardando apenas a aprovação das autoridades norte-americanas, algo que pode acontecer “em breve” de acordo com Brad Garlinghouse, CEO da Ripple.

“Estou muito animado para a nossa stablecoin na América Latina, porque nós sabemos que o dólar é muito forte na região. Além disso, agora teremos um produto para a Argentina. Então agora, o que estamos fazendo é garantir que qualquer pessoa que quiser comprar stablecoin em seus países poderá ter acesso. Fechamos parceria com os principais distribuidores da região, como a Bitso e o Mercado Bitcoin”, comentou Silvio Pegado em entrevista exclusiva.

Conexão com a nova fase da internet

A promessa é que o RLUSD se torne uma “ponte para a tokenização”, de acordo com Monica Long, presidente da empresa. Em entrevista, Silvio comentou sobre a integração dos produtos da Ripple com a Web3, conhecida como a “nova fase da internet” que deverá integrar a tecnologia blockchain, criptomoedas, NFTs, entre outros.

“Enxergo totalmente a Ripple tendo um papel importante na Web3. Representando América Latina, temos o nosso negócio, de pagamento, custódia e stablecoin. Isso também é parte de um ecossistema que queremos continuar desenvolvendo, como por exemplo, com nossos programas de gratificação para desenvolvedores de blockchain. Essa é a forma como nós construímos, não apenas trabalhando para o negócio da Ripple, mas também em como podemos ajudar a comunidade Web3 a continuar desenvolvendo seus casos de uso”, concluiu Silvio.

*A jornalista viajou para Miami à convite da Ripple para o evento Swell 2024.

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