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BlackRock quer incluir ETF de bitcoin em "portfólio estratégico" para clientes

Maior gestora do mundo solicitou inclusão para a SEC, argumentando que criptomoeda possui potencial de crescimento

BlackRock lançou ETF de bitcoin em janeiro de 2024 (Bloomberg/Getty Images)

BlackRock lançou ETF de bitcoin em janeiro de 2024 (Bloomberg/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 7 de março de 2024 às 10h30.

A BlackRock entrou com um pedido junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) para poder incluir exposição ao seu ETF de bitcoin no "portfólio estratégico" da gestora para clientes. A gigante do mercado também não descarta precisar investir em outros fundos da criptomoeda.

No documento enviado para a SEC, a gestora explica que o bitcoin é "é um ativo digital cuja propriedade e comportamento são determinados pelos participantes de uma rede online peer-to-peer que conecta computadores que executam software acessível publicamente, ou 'código aberto', que segue as regras e procedimentos que regem a rede".

A ideia é que o "portfólio estratégico" da empresa, que na verdade é um fundo de investimentos, possa investir em ETFs de bitcoin que sejam autorizados para serem negociados nas bolsas dos Estados Unidos. Em janeiro, a SEC autorizou o lançamento de 11 fundos do tipo, incluindo o da própria BlackRock.

Ao explicar os investimentos, a gestora destacou que o investimento em bitcoin também possui riscos: "O risco é inerente a todos os investimentos. O valor do seu investimento no fundo, bem como o valor do retorno que você recebe do seu investimento, pode variar significativamente de um dia para o outro e ao longo do tempo".

Entre os riscos específicos de investir no mercado de criptomoedas, a BlackRock destacou a falta de transparência no mercado de criptomoedas, o que dificulta a verificação da qualidade dos ativos, além de um "risco crescente" de fraudes e manipulação de mercado.

Apesar dos riscos, a BlackRock pretende incluir a exposição ao ativo em um dos seus mais importantes portfólios do mercado. Especialistas apontam que a validação por gestoras e outras empresas tradicionais do mercado tem ajudado o bitcoin a atrair mais capital institucional, impulsionando o preço do ativo.

Mesmo assim, a gestora não deu sinais recentemente de que planeja abandonar sua adoção do bitcoin. Em janeiro, o CEO da gestora, Larry Fink, disse que acredita no potencial das criptomoedas como "ativos para investimento" e do bitcoin em específico como reservas de valor.

Fink também afirmou em 2023 que o investimento na criptomoeda seira uma "fuga para a qualidade". Já em julho do ano passado, ele disse que o ativo consegue proteger seus investidores dos efeitos da inflação.

A visão de Fink explica o interesse no bitcoin pela BlackRock, que atualmente possui mais de US$ 9 trilhões em ativos sob gestão e lidera o mercado. Atualmente, o ETF da gestora é o maior no segmento, acumulando bilhões em investimentos e liderando as performances de fundos nas bolsas dos Estados Unidos.

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