Future of Money

BlackRock altera ETF de bitcoin para permitir participação de grandes bancos

Maior gestora do mundo aguarda análise de pedido para lançamento de fundo negociado em bolsa de preço à vista da criptomoeda

BlackRock e outras gestoras entraram com pedidos para lançarem ETFs de bitcoin (Bloomberg/Bloomberg)

BlackRock e outras gestoras entraram com pedidos para lançarem ETFs de bitcoin (Bloomberg/Bloomberg)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 11h55.

A BlackRock revelou que realizou nesta semana uma mudança na estrutura do seu fundo negociado em bolsa (ETF, na sigla em inglês) de preço à vista de bitcoin que poderá permitir a entrada de grandes bancos no produto de investimento. Atualmente, o pedido de lançamento está em análise nos Estados Unidos.

Com a mudança, os chamados "participantes autorizados" poderão criar novas ações do fundo usando moedas fiduciárias, e não apenas criptomoedas. Como os bancos nos Estados Unidos são proibidos de ter seus próprios bitcoins, pela estrutura original eles não conseguiriam realizar essa ação.

Agora, instituições bancárias relevantes, como o JPMorgan e Goldman Sachs, conseguiriam realizar a operação, um elemento já tradicional no ecossistema de ETFs de outros ativos, em que atuam como "participantes autorizados".

Nesse caso, o dinheiro usado para criar as novas ações seria então convertido em bitcoin por um intermediário ligado ao provedor de custódia do ETF. Como o fundo teria exposição ao preço à vista da criptomoeda, é necessário realizar a custódia dela para garantir o acompanhamento das cotações.

Sui Chung, CEO da CF Benchmarks, afirmou ao CoinDesk que "se a SEC aceitar este modelo duplo revisado de criação e resgate em dinheiro físico, isso significa que a liquidez que sustenta as ações do ETF quando elas são negociadas aumentaria, porque obviamente, você tem mais participantes autorizados potenciais".

"E, embora empresas comerciais sejam grandes e especialistas no mundo dos investimentos, elas fundamentalmente não têm os balanços de mais de um trilhão de dólares que os grandes bancos americanos têm", destacou, sinalizando a importância da mudança.

ETF de bitcoin nos EUA

Atualmente, 13 pedidos de lançamento de ETFs de bitcoin à vista estão sendo analisados pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC. Entre eles está o da BlackRock, maior gestora do mundo e responsável por mais de US$ 8 trilhões em ativos. Até o momento, o mercado norte-americano não conta com nenhum ETF desse tipo.

Entretanto, a expectativa do mercado é que uma aprovação é iminente. Analistas da Bloomberg estimam que uma aprovação no primeiro trimestre do ano tem 90% de chance de ocorrer. Com isso, o bitcoin tem sido fortemente beneficiado, atualmente operando nos maiores patamares de preço observados em 2023.

Projeções mais recentes indicam que o mercado de criptomoedas poderia ter um fluxo de mais de US$ 14 bilhões em investimentos com a aprovação dos ETFs, na esteira de uma atração maior dos chamados investidores institucionais, que possuem mais fundos.

yt thumbnail

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BlackRockBitcoinETFsCriptomoedas

Mais de Future of Money

Ethereum pode repetir alta de 2.738% de 2016, segundo analista

Mercado cripto “reflete aversão ao risco” com probabilidade de vitória de Trump abalada

O que vai acontecer com o bitcoin se Kamala Harris vencer eleições nos EUA?

O que vai acontecer com o bitcoin se Donald Trump vencer eleições nos EUA?