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Editora do Future of Money
Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 10h30.
Nesta quinta-feira, 18, o bitcoin é negociado "de lado", com pouca variação de preço nas últimas 24 horas. O preço da maior criptomoeda do mundo pode ter 'vulnerabilidades' no curtíssimo prazo, segundo especialistas. Isso porque o cenário atual é de aversão ao risco nos mercados, mesmo com o recente corte de juros nos EUA e as expectativas por mais medidas como essa pelo Fed em 2026.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 87.254, com alta de 0,4% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a criptomoeda ainda acumula queda de 3,3%.
O Índice de Medo e Ganância, utilizado para medir o sentimento do mercado cripto, sinaliza "medo extremo" em 17 pontos. O indicador vai de 0 a 100 e está em um de seus números mais baixos.
Anteriormente, especialistas apontaram que a alta do bitcoin foi "adiada" para o primeiro trimestre de 2026.
"Após a divulgação de dados macroeconômicos ontem, 17, o preço do bitcoin atingiu a máxima de US$ 90.630, no entanto, rapidamente o preço voltou a cair e atingiu a mínima de, até o momento desta publicação, US$ 85.314", disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.
"Durante a queda foi possível observar a entrada de fluxo vendedor, a qual se tornou predominante até o momento. Este movimento sugere continuidade de queda até os US$ 82.200 e US$ 79 mil. Caso entre fluxo comprador e reverta o movimento, as próximas resistências estão nas faixas de preços de US$ 94.5 mil e US$ 101.3 mil", acrescentou.
"Mercados asiáticos fecharam em baixa, refletindo temores renovados sobre o setor de tecnologia e gastos em inteligência artificial após quedas em empresas como Oracle e Nvidia, levando o índice MSCI Asia Pacific a cair cerca de 0,5%. Os investidores também demonstraram cautela antes de decisões de política monetária de diversos bancos centrais (incluindo BoE, BCE e BoJ), enquanto o dólar perdeu força diante de expectativas de cortes de juros nos EUA. Essa combinação exacerbou a aversão ao risco, resultando em movimentos mistos em commodities e moedas", disse André Franco, CEO da Boost Research.
"Já o bitcoin possui uma expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa. A cotação abaixo de US$ 90 mil e a contínua aversão ao risco nos mercados tradicionais, especialmente no setor de tecnologia, que muitas vezes se correlaciona com ativos de risco como cripto, intensificam a vulnerabilidade do bitcoin no curtíssimo prazo. Mesmo com um dólar mais fraco e expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve sustentando teoricamente ativos de risco, falta um catalisador macroeconômico claro para iniciar uma recuperação robusta. No cenário atual, o bitcoin pode oscilar lateralmente ou testar suportes inferiores se o sentimento de risco global continuar desfavorável", concluiu André Franco.
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