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Bitcoin dispara após China anunciar plano trilionário de estímulo ao mercado

Maior criptomoeda do mercado iniciou semana em alta, rondando os US$ 65 mil e animando investidores, que aguardam ganhos ainda maiores

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 14 de outubro de 2024 às 10h53.

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O bitcoin começou a semana em alta. Apenas nesta segunda-feira, 14, a criptomoeda acumula uma valorização de mais de 4%, segundo dados da plataforma CoinGecko, refletindo um maior apetite ao risco por parte dos investidores após o governo da China oficializar um plano trilionário de estímulo à economia do país.

De acordo com o CoinGecko, o bitcoin disparou 4,1% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 65.173. O bom desempenho também influencia positivamente outras criptomoedas, com o ether valorizando 4,3% no mesmo período, a US$ 2.567. As criptomoedas meme estão tanto entre os destaques positivos quanto entre os negativos do dia.

João Galhardo, analista da Mynt, a plataforma cripto do BTG Pactual, pontua que, desde a última quinta-feira, 10, a valorização do bitcoin é ainda maior. Naquele dia, o ativo chegou a cair para uma mínima de US$ 59.330, mas acabo revertendo o movimento durante o último fim de semana. Com isso, ele acumula agora uma alta de mais de 9%.

"Do ponto de vista técnico, após o rompimento da faixa de US$ 63.650, o próximo alvo é a resistência em US$ 66.300, representando uma alta de 2,28% em relação ao preço atual. O mercado, no entanto, continua sensível aos desdobramentos geopolíticos, e a escalada dos conflitos no Oriente Médio pode reduzir o apetite por risco", pondera.

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Galhardo afirma que "caso não haja novidades significativas nesse cenário, a tendência é que o bitcoin mantenha sua trajetória de alta em direção à resistência. Em caso de queda e perda do suporte de US$ 63.650, a região de US$ 61.110 será um nível importante, com potencial de atrair forte pressão compradora. Esse ponto deve permanecer no radar, já que um toque nessa faixa pode gerar uma reação positiva do mercado".

China e bitcoin

Julio Andreoni, especialista cripto do Bitybank, atribui a valorização recente da criptomoeda ao "otimismo" do mercado com relação ao estímulo econômico anunciado pela China. O governo do país confirmou que vai emitir 2,3 trilhões de yuans (R$ 1,83 trilhão) em títulos nos próximos três meses, no maior programa de estímulo desde a crise financeira global de 2007-2008.

Apesar da negociação de bitcoin e outras criptomoedas ser proibida na China, tradicionalmente as injeções de liquidez no mercado do país impactam positivamente os ativos digitais, favorecendo movimentos de alta. Agora, investidores esperam para ver se o ativo manterá a tradição de ter fortes ganhos no mês de outubro.

"Olhando para frente, esta semana será crucial para avaliar os dados de vendas no varejo e o setor imobiliário dos EUA, que podem influenciar o sentimento do mercado. Além disso, discursos de membros do Federal Reserve, como Christopher Waller e Mary Daly, podem trazer mais clareza sobre as próximas ações do banco central, o que deve impactar diretamente o mercado cripto", ressalta o analista.

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