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Bitcoin despenca a US$ 57 mil com pressão de venda, mas analista do BTG vê "boa oportunidade"

Maior criptomoeda do mundo tem sido prejudicada por pressão de venda considerável, mas cenário pode mudar nos próximos meses

Bitcoin voltou a cair com incertezas no mercado (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin voltou a cair com incertezas no mercado (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 4 de julho de 2024 às 12h12.

O bitcoin reforçou seu movimento de queda nesta quinta-feira, 4, e opera atualmente com uma desvalorização de 4,3% nas últimas 24 horas, segundo dados da plataforma CoinGecko. Com isso, a criptomoeda está cotada em US$ 57,3 mil, no seu menor preço em mais de dois meses.

O desempenho negativo da maior criptomoeda do mundo contamina o mercado cripto como um todo, que acumula perdas de 5,9% nas últimas 24 horas. Já o ether, segunda maior cripto do mercado, tem queda de 5,3%, cotado a US$ 3.118. No acumulado dos últimos sete dias, a desvalorização desses ativos é ainda maior.

Durante o "Morning Call Crypto" desta quinta-feira, Lucas Josa, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, destacou que "o mercado está sofrendo bastante nas últimas 48 horas", mas a queda significativa nos últimos dias também representa uma oportunidade para investidores com foco no longo prazo.

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Josa destacou que há uma "pressão de venda muito forte acontecendo vinda do governo da Alemanha, com centenas de milhões de dólares, e não parece que estão sendo feitos negócios para comprar esses bitcoins do outro lado". As autoridades do país realizaram diversas transferências nos últimos dias para corretoras, indicando uma possível venda desses ativos.

Além disso, o analista apontou que o início dos pagamentos para os antigos clientes da corretora falida Mt. Gox "também assusta" o mercado, já que a exchange precisa pagar cerca de US$ 9 bilhões para os investidores. Com isso, os investidores têm operado para antecipar possíveis quedas no preço da criptomoeda, resultando na queda recente.

Esse movimento "coloca o mercado em uma situação ainda mais delicada, e a gente precisa acompanhar o que vai acontecer". Por outro lado, Josa disse que a tendência de médio e longo prazo para o bitcoin e o mercado como um todo ainda é de alta, em especial devido à melhora no cenário de corte na taxa de juros dos Estados Unidos.

"Uma boa notícia para quem está vendo o mercado derreter e está procurando uma boa oportunidade é que a probabilidade de ter um corte na reunião de setembro voltou a subir. O S&P está reagindo muito bem a isso, o dólar também", comentou.

Já no caso do bitcoin e outras criptos, o analista considera que a pressão de venda em torno da criptomoeda tem impedido que ela seja beneficiada por essa mudança de perspectiva no momento. O cenário, porém, pode mudar dependendo dos desdobramentos da venda de bitcoin e do posicionamento do Federal Reserve sobre a taxa de juros norte-americana.

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