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Bitcoin 'conserta a democracia' e combate corrupção, diz ONG internacional

Diretor da Human Rights Foundation defendeu uso da criptomoeda para aumentar participação da população em democracias

Bitcoin tem sido usado como alternativa para realização de doações (Getty/Getty Images)

Bitcoin tem sido usado como alternativa para realização de doações (Getty/Getty Images)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 22 de fevereiro de 2023 às 10h30.

O diretor de estratégia da ONG internacional Human Righst Foundation, Alex Gladstein, afirmou recentemente que o bitcoin conseguiria consertar democracias quebradas e auxiliar no combate à corrupção por parte de governos, limitando o poder dos agentes políticos de controlar seu povo.

Em uma entrevista em 20 de fevereiro, Gladstein argumentou que a natureza descentralizada da criptomoeda pode atuar como uma barreira contra a corrupção e a tirania: "onde as democracias quebraram, acho que está muito claramente relacionado a moedas fiduciárias e acho que o bitcoin conserta isso de certa forma”.

Gladstein é o diretor de estratégia da HRF e serve a organização sem fins lucrativos desde 2007. A fundação está focada em promover e proteger os direitos humanos globalmente - particularmente em países onde seu povo vive “sob regime autoritário”.

Ele disse durante a entrevista que o bitcoin representa liberdade de expressão, direitos de propriedade e mercados de capitais abertos, todos alvos para um governo tirânico, que muitas vezes precisa de censura, confisco e mercados de capitais fechados.

Na visão dele, “é disso que a China e a Rússia precisam para sobreviver, precisam de censura, precisam fechar mercados de capitais e precisam de confisco. O bitcoin torna muito difícil para os governos impor essas coisas ao seu povo."

Tanto a Rússia quanto a China foram hostis às criptomoedas no passado. O governo chinês proibiu praticamente todas as transações de cripto em 2021. No entanto, o próximo regime de licenciamento de criptomoedas em Hong Kong levou à especulação de que a posição da China sobre o tema está suavizando.

A principal lei cripto da Rússia proibiu oficialmente o uso de cripto para fins de pagamento em 2020. A lei não proibiu os russos de investir em criptoativos, mas as corretoras locais permaneceram sem regulamentação. “Não vejo esses poderes ditatoriais indo bem em um padrão bitcoin. Acho que fica muito difícil para eles”, acrescentou Gladstein.

O argumento de Gladstein sobre criptomoedas ecoou pontos de vista semelhantes de outros especialistas no passado. O provedor de infraestrutura de bitcoin OpenNode expressou opiniões convergentes em um post de 2021 sobre o benefício que as doações usando a criptomoeda tiveram em evitar repressões autoritárias.

“Um dos benefícios do bitcoin é sua resistência à censura”, escreveu OpenNode na época. “Sem nenhuma autoridade central para ditar quem pode ou não usar o bitcoin, ele provou ser a moeda de escolha para muitos indivíduos e organizações que foram deixados de fora dos métodos de pagamento tradicionais”.

De acordo com uma investigação de fevereiro de 2022 da empresa de análise de blockchain Elliptic, uma das maiores razões para adotar a arrecadação de fundos baseada em blockchain foi evitar que contas tradicionais fossem fechadas por instituições financeiras.

Gladstein prevê que haverá muito mais “momentos de gatilho” nos próximos anos de pessoas com “problemas técnicos e de liquidez com serviços financeiros tradicionais”, o que resultará em mais pessoas mudando para o bitcoin como alternativa: “Se houver um conflito ou falha no comércio ou nas comunicações, você verá um monte de problemas, e cada um deles é como um momento que vai cunhar um novo Bitcoiner por necessidade”.

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