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Bank of America: tokenização deve "transformar" infraestrutura do mercado financeiro

Em relatório, instituição afirma que tecnologia blockchain vai aumentar eficiência e reduzir custos de operações

Tokenização ainda enfrenta desafios, mas traz vantagens que favorecem crescimento (Getty Images/Reprodução)

Tokenização ainda enfrenta desafios, mas traz vantagens que favorecem crescimento (Getty Images/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 29 de junho de 2023 às 10h50.

O Bank of America publicou um relatório nesta quinta-feira, 29, em que destaca que a tokenização tem o potencial de transformar as infraestrutura financeira e não-financeira do mercado entre os próximos cinco e 15 anos. Na visão do banco, um dos maiores do mundo, a tokenização é a aplicação da tecnologia blockchain com mais potencial transformador na economia.

No relatório, os analistas Alkesh Shah e Andrew Moss afirmaram que o mercado estaria "à beira de uma evolução de infraestrutura que pode remodelar a forma como o valor é transferido, liquidado e armazenado em todos os setores". Essa evolução, explicam, está ligada ao surgimento e expansão da tokenização.

"A tokenização de ativos tradicionais e a emissão de ativos em forma de token têm o potencial de aumentar a eficiência e reduzir custos ao longo do ciclo de vida de um ativo, melhorar a alocação eficiente de capital, otimizar cadeias de suprimentos globais, catalisar uma nova geração de software como um empresas de serviço (SaaS) e, finalmente, impulsionar a adoção mainstream", diz o Bank of America.

O relatório avalia ainda que tecnologias disruptivas, como rádio, a televisão e o e-mail, demoraram cerca de 30 anos antes de conseguirem uma adoção em larga escala. No caso dos ativos digitais, porém, a expectativa é que esse período de tempo seja menor, com uma adoção mais acelerada.

A expectativa atual do Bank of America é que a implementação da tecnologia blockchain acelere entre instituições financeiras e empresas conforme "o custo de oportunidade de eficiências não capturadas aumenta", incentivando a inclusão dessa tecnologia nos negócios. É uma visão semelhante da de outros gigantes do mercado financeiro, como o Citi e a gestora Bernstein.

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Futuro das criptomoedas

Na visão dos analistas, "a tecnologia de ledger distribuído e ativos tradicionais tokenizados não são cripto". Sobre o tema, eles disseram ainda que "os blockchains registram a propriedade dos mais de 26 mil tokens que existem no ecossistema de ativos digitais, mas esperamos que 99% dos ativos que existem hoje desaparecerão essencialmente nos próximos dez anos".

Entre os criptoativos que o Bank of America projeta que desaparecerão nos próximos anos estão diversas criptomoedas meme, incluindo a shiba inu e a pepecoin. Na visão dos analistas, esses ativos chamam muita atenção "apesar de não terem utilidade ou valor intrínseco". Entretanto, esse não é o caso de todos os ativos digitais.

O relatório destaca que blockchains públicas não-permissionadas, caso do Bitcoin e Ethereum, são descentralizadas e exigem a existência de tokens para recompensar os participantes pelo processamento de transações em suas redes, o que justifica a existência e continuidade desses ativos.

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