Presidente da Febraban destacou importância da inovação bancária (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 27 de junho de 2023 às 11h17.
Última atualização em 17 de julho de 2023 às 11h22.
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou nesta terça-feira, 27, que os bancos brasileiros não vão desaparecer com a inovação, e na verdade deverão liderar e consolidar esse processo no Brasil. O executivo falou sobre o tema durante o painel de abertura do Febraban Tech, evento da federação voltado para o tema de inovação financeira.
Durante sua fala, Sidney destacou que "ano após ano, o setor bancário tem forjando a ponte entre o passado, o presente e o futuro da inovação bancária". Em referência aos bancos digitais, o presidente comentou que os bancos tradicionais "não nasceram agora e não atuamos fazendo marketing e publicidade, mas com uma essência inovadora e empreendedora dos bancos da Febraban".
Para Sidney, é importante que a questão da inovação e da modernidade também sejam trabalhadas pensando eme elementos como segurança e confiança. Ao mesmo tempo, ele criticou comentários negativos que são feitos sobre os grandes bancos brasileiros: "os bancos são qualificados pela concorrência recém-chegada como se fossemos tradicionais, apenas os bancões, acompanhado de um tom de demérito e acusatório".
"Mas qual seria razão desse tom? Ele acaba revelando algo que aqueles que nos criticam não tem: história. Temos uma bela história. Isso não é depreciativo, nos deu base sólidas, presença física em todos os estados do país", ressaltou o presidente da Febraban. Nesse sentido, Sidney avaliou que "o futuro dos bancos tradicionais não é distante do passado, envolve trabalho, intensidade".
Ele também citou diversos elementos que foram lançados para o mercado nos últimos anos e que contribuem para a digitalização financeira. O principal é o Pix, ferramenta de pagamentos instantâneos do Banco Central. Sidney destacou o sucesso do projeto, que rapidamente se expandiu entre a população e já tornou obsoletas algumas soluções oferecidas pelos bancos. Ele disse que a expectativa dos bancos é que o pagamento via Doc (Documento de Ordem de Crédito) seja descontinuado a partir de 2024 exatamente devido ao sucesso do Pix.
Apesar disso, o presidente da Febraban defendeu que "os bancos não vão sair de cena, eles são geracionais e transformacionais. As transformações digitais cão continuar". Citando novidades como o Open Finance e o Real Digital - que segundo Sidney estão em processo de maturamento - ele ponderou que os bancos "vão consolidar esse processo de inovação".
Sidney também defendeu que "a tecnologia precisa vir a serviço da sociedade, tornando mais democrático o acesso a crédito, a serviços financeiro". Na visão dele, um grande potencial da tecnologia é baratear o custo do crédito, pensando em reduzir custos da intermediação financeira mas, ao mesmo tempo, respeitando a lógica bancária atual.
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