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Argentina supera Brasil e lidera adoção de criptomoedas na América Latina

Levantamento da corretora Lemon aponta que argentinos movimentaram mais de US$ 85,4 milhões em criptoativos, acima do Brasil

Argentina é um dos maiores mercados de cripto na América Latina (Elijah-Lovkoff/Getty Images)

Argentina é um dos maiores mercados de cripto na América Latina (Elijah-Lovkoff/Getty Images)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 28 de fevereiro de 2024 às 14h00.

Embora o Brasil seja a maior economia da América Latina, a Argentina superou o país na adoção de bitcoin e de outras criptomoedas, como aponta um recente relatório divulgado pela exchange latina Lemon. O estudo aponta ainda que a diferença entre os dois países ainda é pequena, mas a economia brasileira perdeu a posição pela primeira vez.

A pesquisa aponta que os argentinos teriam negociado pouco mais de US$ 85,4 milhões em criptoativos e que os brasileiros, em segundo lugar, teriam negociado pouco mais de US$ 85 milhões. O levantamento aponta ainda que, a cada 10 argentinos, quatro possuem aplicativos relacionados com o mercado de ativos digitais.

Além disso, o relatório afirma que mais de 40 milhões de pessoas têm criptomoedas na América Latina, valor que representa o dobro da população do Chile e equivale a praticamente todos os moradores da Argentina.

No entanto, assim como no Brasil, a pesquisa da Lemon aponta que o uso de stablecoins na Argentina, como USDT, ainda supera o valor transacionado em bitcoin. No caso argentino, 80% do volume transacionado nas corretoras de criptomoedas envolve o uso de stablecoins, em especial as pareadas ao dólar.

No Brasil, a Receita Federal já havia informado que o uso de stablecoins havia superado o bitcoin há alguns meses e que isso preocupava os reguladores. O crescimento chamou a atenção da Receita Federal, que vem acompanhando essa expansão.

"No conjunto das stablecoins, ganha destaque a criptomoeda chamada Tether, que, no período observado pelo Fisco, foi negociada em um patamar acumulado superior a R$ 271 bilhões, quase o dobro do volume do bitcoin (mais de R$ 151 bilhões)", declarou a Receita Federal no início de 2024.

As stablecoins pareadas ao dólar ganharam popularidade em países da América Latina por cumprirem um papel duplo: de um lado, é uma alternativa mais simples e, em geral, barata para investir na moeda. Do outro, também surgiu como um ativo de proteção de patrimônio em meio a riscos inflacionários em diversos países.

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