Além do bitcoin e ether, outras criptomoedas apresentam possibilidade de investimento rentável (Reprodução/Unsplash)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 2 de setembro de 2022 às 14h07.
O economista Harry Markowitz teria dito que a "siversificação é o único 'almoço grátis' no mercado" Afinal, vale a pena diversificar seus investimentos? Essa é pergunta que se faz toda vez que um trader inicia o projeto de se criar um portfólio de investimentos que seja resistente à crises e que leva em conta tempo e rentabilidade. Em um post no Twitter, a casa de análise Quantzed, fez algumas colocações sobre o tema.
A diversificação reduz riscos e previne que um único erro ou mal investimento destrua nosso patrimônio. Markowitz ainda demonstrou que vale até mesmo incluir ativos com um baixo retorno esperado, se eles forem suficientemente descorrelacionados com o resto do portfolio. Um bom exemplo disso poderia ser uma carteira de investimentos em cripto na qual dividiríamos nas seguintes proporções: 40% em stablecoins (USDT ou USDC), 20% em bitcoin, 10% em ether, 10% em DeFi, 10 em games play-to-earn e 10% em XRP.
Por que alocar tanto em stablecoins por exemplo? Porque elas servirão de hedge na maior parte do tempo e servirão de colchão de liquidez para momentos de baixa, quando os ativos estiverem em promoções atrativas, servindo de combustível para realizar Compras médias por dólar (DCA).
Portfólio entre Bitcoin e Ethereum
Embora não exista um investimento seguro em criptomoedas, bitcoin e ether chegam mais próximos. Obitcoin é a maior criptomoeda, e desde o lançamento do Ethereum, geralmente tem sido o segundo. Uma vez que eles são os pilares no topo do mercado, eles são mais propensos a ficar por aqui por muito tempo.
Quem quer pesar seu portfólio para as criptomoedas menos arriscadas, poderia priorizar bitcoin e ether.
Por exemplo, usar um terço de seus fundos cripto para comprar bitcoin, um terço para comprar Ethereum, e o resto para comprar quaisquer outras criptomoedas que chamam sua atenção, pode ser uma estratégia.
A carteira nunca vai ter um retorno maior que o ativo de maior retorno nela, mas alguém é capaz de saber de antemão qual será ele? Que bom seria se soubéssemos, certo? Mas infelizmente não é possível. Aí que entra a diversificação.
Foco em criptomoedas com diferentes casos de uso
As criptomoedas têm todos os tipos de usos, e estas podem ser uma boa maneira de decidir onde você vai investir. Aqui estão alguns exemplos de casos de uso de criptomoedas:
Há uma variedade de criptomoedas que se encaixam nessas categorias. Pode-se construir seu portfólio primeiro escolhendo vários casos de uso e, em seguida, investindo em uma ou duas criptomoedas que se encaixam em cada uma delas.
Alguns dos projetos cripto mais bem sucedidos são redes blockchain que podem executar contratos inteligentes. Um contrato inteligente é como um programa que funciona em uma blockchain. Existem todos os tipos de maneiras pelas quais blockchains de contratos inteligentes podem ser usadas, incluindo o lançamento de aplicativos descentralizados (dApps) e novos tokens, por isso este é um espaço competitivo.
Como cada blockchain tem suas próprias vantagens e desvantagens, alguns investidores espalham seu dinheiro por vários deles. Aqui estão as criptomoedas para algumas das maiores blockchains de contratos inteligentes:
O rebalanceamento evita que fiquemos excessivamente alocados nos ativos que subiram mais no passado (e que não necessariamente continuem tendo o maior retorno) e sub alocados nos ativos que tiveram performance inferior (e talvez estejam baratos?). Um exemplo disso: O bitcoin. Que vem perdendo valorização desde novembro de 2021, já tendo desvalorizado 70% desde então.
A volatilidade é uma das principais razões pelas quais o reequilíbrio do seu portfólio é tão importante ao investir em criptomoedas. Assim como em qualquer outra classe de ativos, é preciso reequilibrar periodicamente suas participações para se manter diversificado e se proteger de grandes perdas.
Por exemplo, quem investiu US$ 10.000 em bitcoin no início de 2017 teria mais de US$ 100.000 hoje. Contudo, quem investiu os mesmos US$ 10 mil na última alta em novembro de 2020, hoje só teria US$ 7 mil.
No entanto, quem tivesse 100% do porfólio investido em bitcoin estaria sentado em uma enorme perda se o preço caísse até mesmo uma fração do seu valor atual. Reequilibrando periodicamente seu portfólio de criptomoedas, o trader pode permanecer diversificado e se proteger dessas perdas. Contudo, é importante frisar a seguinte estratégia: qual deve ser o motor desse portfólio? Ficar posicionado 100% em cripto, ou em dólar?
Assim, mesmo que possa ser doloroso vender seu bitcoin quando estiver subindo, é importante lembrar que o reequilíbrio é um dos principais princípios do investimento bem-sucedido. Se o objetivo é de curto/médio prazo, é preferível vender na alta, e se posicionar em dólar e não pensar em manter um ativo tão volátil.
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