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21 das 50 maiores marcas de moda do mundo usam NFTs; Adidas lidera em projetos

Levantamento aponta que adoção de tecnologia blockchain em projetos ocorreu durante o "hype" do segmento, anterior a 2023

NFTs ainda enfrentam desafios para crescimento (Getty Images/Reprodução)

NFTs ainda enfrentam desafios para crescimento (Getty Images/Reprodução)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 14h03.

A plataforma CoinGecko publicou na última segunda-feira, 15, um relatório que aponta que 21 das 50 maiores marcas da indústria da moda utilizam ou já utilizaram tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês). A Adidas exibe o maior índice de adoção de projetos, com 12 coleções utilizando NFTs disponibilizadas entre 2021 e 2024.

Além disso, a Adidas também tem uma divisão dedicada a ações na Web3, chamada de Three Stripes Studio. As ações da marca incluem ainda parcerias com outras empresas, incluindo Bape e Bugatti, totalizando seis campanhas colaborativas com NFTs até agora.

Outro destaque no relatório do CoinGecko é dado à Nike, que conta com nove coleções até janeiro de 2024. As ações da marca envolvendo tecnologia blockchain tiveram início em 2022, logo após a aquisição do estúdio RTFKT, focado no desenvolvimento em produtos para a Web3.

Após lançar seis coleções que possuíam interações com NFTs sob o selo RTFKT, a Nike resolveu criar sua própria plataforma voltada à Web3, intitulada .SWOOSH. Desde então, a marca já publicou duas coleções de tênis e uma coleção de NFTs para identificação. Outras grandes marcas citadas no relatório são Givenchy, Yves Saint Laurent, Gucci e Prada.

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Nova onda de adoção

Entre as 21 marcas listadas pelo CoinGecko, apenas três passaram a explorar o uso de NFTs em 2023. Este dado sugere que, para a maioria das grandes marcas, a adoção de elementos da Web3 em projetos ocorreu durante o "hype" em torno do segmento, em especial em 2021.

Se esse é o caso, um novo ciclo de alta “definitivamente” pode trazer outras grandes marcas para a Web3, avalia Lugui Tillier, diretor de desenvolvimento de negócios da startup brasileira Lumx.

“No ciclo passado, quando essas marcas entraram, dois fatores cruciais para a permanência e o sucesso delas ainda não estavam prontos. O primeiro era a robustez das blockchains de segunda camada, essenciais para viabilizar ações escaláveis e duráveis. O segundo fator eram as soluções de abstração que permitem ao usuário realizar ações na blockchain apenas com seu email e sem a necessidade de ter criptomoedas”, explica.

Tillier destaca que Lacoste, Adidas, Porsche e outras grandes marcas realizaram suas ações através da rede Ethereum, que é conhecida por suas taxas altas. Além disso, a carteira utilizada foi a MetaMask, que não é a interface ideal para embarcar novos usuários na Web3.

“Hoje, com uma mentalidade mais madura, aprendizados e um ecossistema mais preparado para receber essas marcas, além de elas voltarem pela hype, permanecerão pelos resultados”, destaca o executivo da Lumx.

O relatório do CoinGecko destaca que os principais casos de uso para os NFTs encontrados pelas grandes marcas são aumentar a lealdade dos consumidores em relação à marca, firmar parcerias e criar novas experiências que ultrapassem os produtos físicos.

A coleção Virtual Gear, publicada em 2022 pela Adidas, é citada como exemplo pelos analistas do agregador de dados. A ação utilizando NFTs permitiu que usuários personalizassem seus avatares com colecionáveis digitais, expressando identidades digitais únicas. O sistema de identificação .SWOOSH ID, da Nike, e o VIA Treasure Trunks, da Loius Vuitton, também foram mencionados como casos bem-sucedidos no uso de NFTs.

Um novo ciclo de alta, porém, pode trazer mais casos de uso que ainda não foram explorados. Tillier aposta que a tokenização de ativos do mundo real (RWA, na sigla em inglês) será o novo modelo da Web3 a ser popularizado entre as grandes marcas.

“Quem já vem fazendo isso muito bem é a Nike com a RTFKT e a Courtyard com cartas de Pokémon. A tokenização de itens colecionáveis com foco em revenda é algo muito poderoso, visto que cria um mercado seguro, disponível 24/7 e com liquidez global. Isso é muito melhor do que se limitar à liquidez do próprio país, ao risco de falsificações e à espera pelo correio”, diz o executivo da Lumx.

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