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Quase 40 mulheres acusam diretor James Toback de assédio sexual

Segundo relatos, Toback atraía mulheres se vangloriando de sua carreira no cinema, seus vínculos e as possibilidades que tinha de torná-las estrelas

James Toback: caso se soma ao do produtor de Hollywood Harvey Weinstein (Alberto E. Rodriguez/Getty Images)

James Toback: caso se soma ao do produtor de Hollywood Harvey Weinstein (Alberto E. Rodriguez/Getty Images)

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AFP

Publicado em 23 de outubro de 2017 às 16h56.

Última atualização em 23 de outubro de 2017 às 17h18.

O escândalo de assédio sexual em Hollywood continuava crescendo nesta segunda-feira, quando 38 mulheres acusaram o diretor de cinema americano James Toback de encontros sexuais não consentidos que ocorreram durante várias décadas.

Toback as atraía se vangloriando de sua carreira no cinema, seus vínculos e as possibilidades que tinha de torná-las estrelas, segundo os relatos das mulheres ao jornal Los Angeles Times.

Mas nos encontros, acordados como entrevistas ou audições, ele levava a conversa para temas desagradavelmente pessoais, com perguntas que iam desde masturbação até pelos pubianos, disse o Times.

"Ele me disse que nada o agradaria mais do que se masturbar enquanto olhava meus olhos", assegurou ao jornal Louise Post, hoje guitarrista e vocalista da banda de rock independente Veruca Salt, que conheceu Toback em 1987 quando frequentava a Barnard College.

"Ir ao seu apartamento foi motivo de vergonha durante os últimos 30 anos, pensar que me permiti ser tão ingênua", disse o Post.

Toback negou as acusações, assegurando ao Times que nunca conheceu as mulheres e que, se o fez, "foi por cinco minutos e não se lembrava".

Toback, agora com 72 anos, é roteirista e diretor desde 1974. Seu filme mais recente, "The Private Life of a Modern Woman", que tem Sienna Miller como protagonista, estreou este ano no Festival de Veneza.

Entre seus créditos também está a produção indicada ao Oscar "Bugsy", dirigida por Barry Levinson e protagonizada por Warren Beatty e Annette Bening.

O jornal disse que entrevistou as 38 mulheres, que deram os seus depoimentos separadamente, das quais 31 falaram com o rosto descoberto, assim como pessoas com as quais falaram quando os incidentes ocorreram.

Nenhuma delas denunciou os encontros à polícia na época em que aconteceram.

Milhares de mulheres relataram histórias de assédio sexual nas redes sociais com a hashtag #MeToo depois que um escândalo similar sobre o produtor de Hollywood Harvey Weinstein surgiu há algumas semanas.

Weinstein, de 65 anos, é acusado de abuso e assédio sexual por cerca de 40 atrizes, incluindo Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Mira Sorvino.

O produtor insistiu que todos os encontros sexuais foram consensuais, mas investigações criminais sobre o caso estão sendo realizadas em Nova York, Los Angeles e Londres.

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