A ginástica artística feminina chegará forte em Paris: além da estrela Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Jade Barbosa vivem o melhor momento de suas carreiras (Matthias Hangst/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 23 de junho de 2024 às 17h40.
Última atualização em 23 de junho de 2024 às 18h06.
Agora é oficial: a seleção brasileira de ginástica artística que vai aos Jogos de Paris está confirmada. A equipe feminina será composta pelas medalhistas de prata no último Mundial, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira. Andreza Lima e Carolyne Pedro serão as reservas.
Francisco Porath Neto, treinador da seleção feminina, já havia dito ao O GLOBO quem seriam as ginastas, mas esperava o prazo final para a confirmação. A prata é inédita: antes do Mundial de Ginástica Artística 2023, o Brasil tinha 19 pódios na competição, todas em provas individuais.
Além delas, pelo masculino, o Brasil tinha Diogo Soares confirmado, uma vez que ele havia conquistado vaga nominal. E a Confederação Brasileira de Ginástica escolheu Arthur Nory para a segunda vaga que era do país. O masculino não classificou a equipe completa. Caio Souza e Yuri Guimarães serão os reservas.
Caio Souza, tido como o mais completo do país, se machucou e não disputou o Troféu Brasil de Ginástica Artística.
O anúncio ocorreu após o Troféu Brasil de Ginástica Artística, encerrado neste domingo no Rio. Rebeca Andrade ganhou ouro na trave, com 13.633 e nas barras assimétricas paralelas, com 14.633. Ela competiu somente nestes aparelhos como forma de poupar o joelho de maior impacto. Essas foram as duas últimas apresentações antes da disputa dos Jogos Olímpicos de Paris.
Na trave, tanto Rebeca quanto Jade Barbosa e Flávia Soares caíram. Júlia Soares ficou em segundo, com 13.333. E Gabriela Barbosa, que não é titular da seleção, completou o pódio com 12.700. Flavinha foi a quarta (12.667) e Lorrane Oliveira a quinta colocada (12.467). Jade Barbosa terminou em oitavo lugar, com duas quedas. Nas paralelas, o pódio teve Jade Barbosa com 13.200 e Carolyne Pedro com 12.933.
No masculino, Diogo Soares foi poupado no Troféu Brasil e competiu somente no cavalo com alças, Depois de cair nas eliminatórias, ele fez uma série limpa e venceu com 13.300. E Arthur Nory caiu de novo na barra fixa, único aparelho em que vai competir na Olimpíada. Já havia sido assim nas eliminatórias. Ele foi quinto, com 13.000. O ouro foi para Diogo Speranza, também do Pinheiros, com 13.500.
A ginástica artística feminina chegará forte em Paris: além da estrela Rebeca, que em Tóquio fez história ao conquistar o ouro no salto e a prata no individual geral, Flávia Saraiva e Jade Barbosa vivem o melhor momento de suas carreiras.
Em Paris-2024, Flavia Saraiva terá quatro chances de medalhas. Na prova por equipes, o time é favorito ao pódio. No solo, ela chegará como medalhista de bronze do Mundial de 2023, na trave conseguiu ótimas notas neste início de ano. No individual geral, as chances são menores, embora consiga brigar pelo pódio caso crave as quatro séries. Nos Jogos Pan-Americanos de 2023, conquistou cinco medalhas.
Jade, que foi fundamental para a conquista da prata por equipes no Mundial, concorre com Flavia para ir à final do solo. Ela diz que a meta da seleção é o pódio por equipes.
Em Tóquio, a ginástica feminina não se classificou como time. O Brasil teve Rebeca e Flavia na disputa do individual geral e aparelhos. O masculino foi com time completo: Arthur Nory, Chico Barreto, Caio Souza e Diogo Soares e teve Arthur Zanetti nas argolas.
Ao todo, a ginástica do Brasil tem duas medalhas de ouro olímpicas (Arthur Zanetti, nas argolas, em Londres, em 2012, e Rebeca Andrade, no salto, em Tóquio, em 2021), três de prata (Arthur Zanetti, nas argolas, e Diego Hypólito, no solo, no Rio de Janeiro, em 2016, e Rebeca Andrade, no individual geral, em Tóquio, em 2021) e uma de bronze (Arthur Nory, no Rio de Janeiro, em 2016).