"Não caiu a ficha", diz vice-presidente do Chapecoense
Ivan Tozzo não escondeu o choque diante da tragédia da qual foi vítima o time catarinense na madrugada desta terça
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 09h42.
Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 11h53.
São Paulo - O vice-presidente do Chapecoense, Ivan Tozzo, não escondeu o choque diante da tragédia da qual foi vítima o time catarinense na madrugada desta terça-feira, na Colômbia.
Um acidente aéreo nas proximidades da cidade de Medellín causou 76 mortes, entre eles jogadores da equipe, segundo autoridades locais.
A delegação da Chapecoense viajava para Medellín para a disputa do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Porém, o voo do time sofreu acidente quando se encaminhava ao aeroporto Jose Maria Córdoba, em Rionegro, nas imediações de Medellín.
"Até agora não caiu a ficha. Estamos no aguardo. Todo mundo confiando em Deus, que as coisas vão dar tudo certo para nós e que a nossa Chapecoense vai ter que continuar", disse o vice da Chapecoense, em entrevista à TV Globo.
"Um time que a gente ama, um time que a gente começou há muito tempo, estou há muito tempo envolvido. Sei que tudo que nós passamos. E agora, que chegamos, não vou dizer no auge, mas ficamos em destaque nacional, aconteceu uma tragédia dessa. É muito difícil, a tristeza é muito grande, mas vamos levar fé em Deus", declarou.
O avião que transportava a delegação da Chapecoense contava com um total de 79 pessoas a bordo, entre elas 70 passageiros e nove tripulantes. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time catarinense, além de 21 jornalistas e três convidados.
Incluídos na lista de passageiros divulgada pelas autoridades colombianas, o presidente do Conselho Deliberativo, Plínio David de Nes Filho, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião.
O dirigente estava em São Paulo e embarcaria nesta terça-feira em um voo comercial rumo a Medellín. Buligon também embarcaria neste mesmo voo, depois de o avião fretado pelo clube, com intenção de fazer voo direto a Medellín, ter sido desautorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Como o avião não tinha autorização para pousar em Medellín, a delegação da Chapecoense precisou embarcar um voo comercial até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, antes de pegar o avião que acabou caindo quando sobrevoava a região de Antioquia, que fica próxima ao aeroporto de Medellín. A aeronave caiu em um lugar de mata fechada, em uma região montanhosa, e de difícil acesso para as equipes de resgate.
Informações iniciais sobre o acidente, que agora está tendo as suas causas investigadas, dão conta de que o avião teria sofrido uma pane elétrica e o piloto teria liberado combustível da aeronave antes do pouso forçado para evitar que houvesse uma explosão na hora do choque com o solo.
Também está sendo investigada a hipótese de que o combustível do avião teria acabado antes de o piloto ser obrigado a fazer o pouso forçado.