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Estudo aponta mais de R$ 4 bilhões de gastos com lesões aos clubes da Europa

Foram consideradas mais de 4 mil lesões durante as principais ligas na temporada passada

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 17h24.

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Um estudo divulgado pela seguradora Howden, divulgado nesta semana, aponta um prejuízo bilionário aos clubes europeus, de 732 milhões de euros (mais de R$ 4,5 bilhões) somente com lesões de jogadores nas principais ligas disputadas na temporada 2023/24.

"Em um calendário cada vez mais repleto de partidas, os atletas enfrentam uma sobrecarga física constante, com menos tempo para recuperação entre os jogos, o que aumenta o risco de lesões musculares. A fadiga se acumula, afetando a coordenação e a execução dos movimentos, e, em muitos casos, ainda há o retorno precoce após as lesões, sem respeitar o período necessário, por conta da necessidade do resultado esportivo, o que só piora a situação. Com competições internacionais sobrepostas e viagens frequentes, o planejamento físico ideal se torna quase impossível, criando um cenário onde o corpo não consegue se regenerar adequadamente", analisa Dra. Flávia Magalhães, médica do esporte que é pós-graduada em Fisioterapia Traumato-ortopédica e Fisiologia do Exercício, com mais de 20 anos de atuação no futebol.

Foram contabilizados 4.123 casos de lesões em cinco países e 96 clubes: Bundesliga (Alemanha), LaLiga (Espanha), Ligue 1 (França), Premier League (Inglaterra) e Serie A (Itália). Isso representa um aumento de 4% em relação a 2022-23, e 37% a mais do que em 2020-21.

Entre as ligas, a que mais somou lesões foi a Bundesliga (Alemanha), com 1.255 casos, representando mais de 30% do total entre as cinco ligas analisadas. Já a competição que pagou a maior quantia aos atletas machucados foi a Premier League: 318 milhões de euros (cerca de R$ 1,9 bilhões).

"É razoável assumir que número de lesões musculares cresce gradativamente, não somente por conta do número de jogos, mas pela maior exigência de esforço nos jogos. É evidente e atestado com dados que o número de ações e distâncias percorridas em alta e altíssima velocidade, a máxima que atletas podem atingir, cresce ininterruptamente faz pelo menos duas décadas, e esse movimento foi inevitável, dada a necessidade de se vencer jogos, que é o que faz do esporte ser o que é. Também observamos um vetor contrário, que é o do enorme e contínuo desenvolvimento do trabalho de prevenção de lesões, e de recuperação dos atletas. Hoje, um número cada vez maior deles se alimenta e suplementa melhor, dorme mais e melhor, com monitoramento das suas especificidades, e com exercícios que não se resumem ao ganho de força, mas também de flexibilidade, agilidade e mais inteligentes", complementa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z, que gerencia a carreira de centenas de atletas.

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