Exame Logo

Em documento, Odebrecht garante segurança na Arena Corinthians

Empreiteira sugere que clube faça uma inspeção de engenharia independente para ter certeza de que não existe motivo para interdição

Arena Corinthians: nesta quarta-feira, promotores do Ministério Público estiveram no local para fazer uma vistoria (REUTERS/Paulo Whitaker)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 21h13.

São Paulo - O Corinthians recebeu um documento da Odebrecht em que a empresa garante total segurança do estádio Itaquerão, em São Paulo, e ainda sugere que o clube faça uma inspeção de engenharia independente para ter a certeza de que não existe motivo para interdição da arena.

Nesta quarta-feira, promotores do Ministério Público estiveram no local para fazer uma vistoria.

Veja também

O jornal O Estado de S.Paulo teve acesso a um documento datado no dia 2 de novembro, assinado por Ricardo Corregio, diretor de contrato da Odebrecht, e enviado ao presidente do Corinthians, Roberto de Andrade. A construtora lembra que a arena passou por diversas vistorias e nenhuma ameaça foi encontrada. O atestado foi registrado em cartório, no dia 7 de novembro.

"Corrobora esse posicionamento o fato da Arena Corinthians ter renovado, em julho de 2016, o alvará de funcionamento", disse o documento, que está nas mãos de Roberto de Andrade. A Prefeitura revalidou o alvará da arena no dia 21 de julho, com validade de um ano.

A assessoria de imprensa do Ministério Público não confirma, mas o jornal O Estado de S.Paulo apurou que membros do órgão estiveram presentes na arena nesta quarta-feira para vistoriar o local, em busca de vazamentos que poderiam comprometer as estruturas do estádio.

Um laudo sobre a visita será divulgado em breve. Neste sábado, um show de rap vai ocorrer no estacionamento da arena.

No documento enviado a Roberto de Andrade, a construtora pede que seja dada importância para a manutenção do estádio, já que o Corinthians é o responsável por administrá-lo.

Em relação a placas de mármore caídas do Itaquerão e possíveis outros problemas, Odebrecht e Corinthians aguardam o término de uma auditoria independente contratada pelo clube para definir como vão resolver o caso.

Nos bastidores, a troca de acusações entre algumas pessoas ligadas ao clube e a construtora é grande. Consequentemente, a pressão em cima de Roberto de Andrade para ser mais rígido é maior e se potencializa com a proximidade da eleição do clube, no fim de 2017.

O presidente aposta que na conversa conseguirá ter uma relação amigável, por isso não pensa em processá-la, como indicam alguns dirigentes e conselheiros.

Acompanhe tudo sobre:CorinthiansNovonor (ex-Odebrecht)Obras públicas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Esporte

Mais na Exame