CR7: os representantes do jogador cobram uma diferença de salário ao longo de dois anos (Thomas Eisenhuth/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 5 de dezembro de 2022 às 07h35.
A Juventus tem mais um problema para ser somado a sua grave crise econômica que o clube enfrenta atualmente. Após passagem pelo time entre julho de 2018 e agosto do ano passado, Cristiano Ronaldo está cobrando uma dívida de R$ 110 milhões (19,9 milhões de euros) fruto da renegociação proposta pela equipe por conta da queda na arrecadação no período, fruto da pandemia de Covid-19.
Segundo o jornal “La Gazzetta dello Sport”, o valor seria referente a um acordo feito entre o clube e o português, que teve, bem como demais atletas do time, o salário reduzido durante alguns meses, mas com a promessa de que o valor seria reposto. Negociações similares foram feitas com outros jogadores da equipe, mas parte deles, como o caso de Cristiano Ronaldo, não foram cumpridos pelos italianos.
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Antes de seguir com a negociação, o jogador deixou o clube e se transferiu para o Manchester United, clube que já havia defendido durante a boa parte da carreira. Depois disso, a Juventus deixou de cumprir com o acordo e não fez mais pagamentos referentes à dívida, fazendo com que um dos advogados do jogador pedisse aos procuradores que cuidam do caso, no dia 4 de novembro, os documentos da investigação em que há detalhes sobre os cortes salariais para 2020 e 2021.
No período, diante da crise econômica provocada pela pandemia, os jogadores da Juventus aceitaram um corte salarial por um período. Ainda segundo La Gazzetta dello Sport, alguns jogadores aceitaram o negócio, incluindo o argentino Paulo Dybala, que teria sido convencido pela promessa de “ter melhores oportunidades”, o que nunca ocorreu.
O acordo feito com Cristiano Ronaldo, porém, não foi cumprido. Agora, os representantes do jogador cobram uma diferença de salário ao longo de dois anos, o que daria o valor estimado de R$ 110 milhões.
Na última segunda-feira, todo o conselho de administração do clube italiano pediu demissão, incluindo o então presidente Andrea Agnelli e o ídolo Pavel Nedved. O fato ocorre após acusações de fraude fiscal e manipulações em balanços financeiros.
As acusações acontecem após a Juventus divulgar que a temporada 2021-22 registrou perdas financeiras recordes para ao clube: a estimativa é de um débito negativo de 1,4 bilhão.
Os membros da diretoria da Juventus que pediram demissão são Laurence Debroux, Massimo Della Ragione, Kathryn Fink, Daniela Marilungo, Francesco Roncaglio, Giorgio Tacchia e Suzanne Heywood, além de Agnelli e Nedved.
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