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Copa do Mundo Feminina: grandes estrelas inspiram crescimento e ajudam a criar maior visibilidade

Nomes como Marta, Megan Rapinoe e Lucy Bronze são sinônimo de esperança e igualdade para novas gerações

 (Getty Images/Getty Images)

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Antonio Souza
Antonio Souza

Repórter da Home e Esportes

Publicado em 24 de julho de 2023 às 11h59.

A Copa do Mundo Feminina de 2023 iniciará a segunda rodada da fase de grupos nesta terça-feira. Com 32 seleções disputando o tão sonhado título da maior competição de futebol do planeta, a nona edição do mundial marca um momento histórico para a modalidade.

Neste ano, a grande campeã do torneio receberá uma premiação de US$15,7 milhões, a maior da história e quase quatro vezes mais do que na última edição, em 2019.

O valor histórico, no entanto, é sinônimo de muita luta fora das quatro linhas. Em 2022, a Seleção Feminina dos Estados Unidos, liderada pela jogadora Megan Rapinoe, conquistou a igualdade salarial entre as seleções feminina e masculina em competições oficiais, incluindo a Copa do Mundo, após acordo feito com a USS Soccer (Federação de Futebol dos Estados Unidos).

Rapinoe, um dos principais nomes na luta das mulheres por igualdade e representatividade, anunciou que essa será sua última participação em Copas do Mundo. Fundamental na busca pelo pentacampeonato mundial, a experiente atleta é constantemente elogiada por suas companheiras de Seleção por sua capacidade de impactar a equipe tanto dentro quanto fora de campo.

Outras estrelas, como Marta e Lucy Bronze, também são personagens ativos na luta pela igualdade na categoria. Importante nome do futebol feminino, a jogadora Marta disputou a Copa do Mundo Feminina de 2019 usando uma chuteira sem patrocínio, lançada em prol da campanha #goequal, que luta pela equidade de gênero no esporte.

Nas Olimpíadas de Tóquio de 2021, a atleta cobriu o símbolo da patrocinadora de material esportivo nas fotos oficiais da equipe, como forma de protesto contra os baixos valores oferecidos para patrocínios no futebol feminino.

Já Lucy Bronze, zagueira da Seleção da Inglaterra, declarou recentemente em entrevista coletiva que sua equipe está empoderada diante da luta por melhorias financeiras e estruturais no esporte.

Para Fábio Wolff, membro do comitê organizador do Brasil Ladies Cup, maior torneio amistoso de futebol feminino, e especialista em marketing esportivo, a modalidade vem ganhando maior visibilidade, além do desenvolvimento da qualidade técnica das atletas e do conteúdo:

“Quanto melhor o produto for embalado comercialmente, menor será a distância para o futebol masculino. Atletas como Marta, Rapinoe e Lucy Bronze possuem visibilidade global, além de muitos fãs e seguidores. Elas são fundamentais na luta por mudanças e igualdade na categoria”.

Recorde de público e aumento de patrocínio

O jogo de abertura da Copa do Mundo Feminina entre Nova Zelândia e Noruega registrou a marca de 42.137 torcedores presentes no estádio, o maior público da história do futebol no país sede. Até agora, em cinco jogos disputados, 176.008 pessoas já passaram pelas arquibancadas do Mundial. Em comparação a fase de grupos da última Copa, disputada na França, o número representa um aumento de mais de 20%.

Outro fator que comprova o aumento do interesse pela categoria são os patrocinadores. Pouco depois do fim da partida de abertura do torneio, a FIFA anunciou que vendeu todos os seus pacotes de patrocínio. De acordo com a entidade, são 30 marcas parceiras da competição, contra 12 da última edição

“Patrocinar uma Copa do Mundo funciona como uma via de mão dupla. No caso dos patrocinadores, eles estão promovendo a sua marca no âmbito mundial. Já para o torneio, ter a presença de marcas fortes apostando no futebol feminino faz com que a modalidade ganhe força e, consequentemente, crescimento”, conclui Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

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