CazéTV: canal no YouTube pertence ao streamer Casimiro Miguel (YouTube/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 21 de agosto de 2023 às 17h41.
Última atualização em 21 de agosto de 2023 às 18h21.
Com recordes de audiência durante as transmissões, a Copa do Mundo Feminina 2023 ganhou destaque não só na televisão, mas, principalmente, no YouTube. CazéTV, canal do streamer Casimiro Miguel que conta com 9 milhões de inscritos, somou mais de 69 milhões de visualizações com todos os 64 jogos do Mundial, transmitidos ao vivo e de forma gratuita.
Apenas na estreia da seleção brasileira, mais de 5 milhões de aparelhos estiveram conectados durante a vitória por 4 a 0 contra o Panamá, sendo 1 milhão de pessoas simultâneas que bateu o recorde mundial de maior audiência de futebol feminino na plataforma.
Na partida com a Jamaica, que resultou na eliminação das brasileiras após o empate sem gols, o confronto foi o mais visto, chegando a 7,6 milhões de acessos. A grande final entre Espanha e Inglaterra, que rendeu o título inédito às espanholas, registrou mais de 2 milhões de visitas em pouco mais de 24 horas.
Já o Seven, maior canal de TV da região australiana, teve cerca de 6,54 milhões de pessoas assistindo ao jogo entre a Austrália e a Dinamarca pelas oitavas de final. A marca tornou-se a de maior audiência em um jogo do mundial feminino da história da rede televisiva, bem como o evento esportivo mais assistido nos últimos 18 meses.
Para Fábio Wolff, membro do comitê organizador do Brasil Ladies Cup — torneio amistoso de futebol feminino — e especialista em marketing esportivo, “a tendência é que o futebol feminino continue crescendo de forma ainda mais acelerada, e essa enorme visualização ao longo de todo o torneio mostra como o interesse e o espaço para a modalidade estão caminhando para uma direção mais justa. Os países que não derem a devida atenção à categoria ficarão para trás, seja dentro de campo, seja nas demais áreas que envolvem esse esporte”.
O público presente nos estádios também atingiu recordes surpreendentes. Só na fase de grupos, 1,222 milhão de espectadores foram aos estádios acompanhar as partidas, com uma média de 25 mil pessoas por jogo. Este número é superior ao da última edição na França, em 2019, durante a mesma fase da competição, e corresponde a um aumento de 29%.
Outro fator comparado ao último Mundial, entre as quatro linhas o número de gols superaram a marca deixada na última temporada. Com 32 seleções, contra 24, as redes foram balançadas 164 vezes, 18 a mais do que na edição anterior.
Tal alcance do campeonato também foi representado por outro grande número, desta vez com um crescimento de 100% nas cotas de patrocínios vendidas pela Fifa. Foram 30 parceiros para a Copa da Austrália e Nova Zelândia, ante 14 da última disputa em território francês.
A casa de apostas esportivas Esportes da Sorte foi parceira da CazéTV durante a transmissão da Copa feminina. “Sempre soubemos o tamanho que a CazéTV significa em termos de engajamento e credibilidade. Hoje, ela consiste em uma das maiores audiências em plataformas digitais em todo o mundo. Desenvolver essa parceria coloca o Esportes da Sorte como líderes neste segmento, com potencial para atingir ainda mais os fãs do esporte e entretenimento. Queremos estar conectados a grandes marcas e plataformas, e o Casimiro com sua equipe representam esses valores”, pontua Darwin Filho, CEO do Esportes da Sorte.
Não é a primeira vez que a CazéTV alcança grandes resultados com a transmissão de eventos esportivos. Neste ano, a X1 Brazil Combate, por exemplo, que promove disputas de um contra um no futebol com formato de MMA, obteve mais de 1 milhão de visualizações totais e 250 mil aparelhos conectados simultaneamente no canal.
A Copa do Mundo Feminina, ainda, teve um investimento da Fifa de cerca de R$ 527 milhões para a premiação do torneio, onde R$ 235 milhões são repassados para as respectivas federações que distribuirão às 736 atletas. O valor é quase quatro vezes maior que a edição de 2019 (US$ 30 milhões) e sete vezes mais do que a de 2015 (US$ 15 milhões).
“As premiações, inclusive as individuais para as jogadoras, sem dúvida, terão um impacto real e significativo nas carreiras e na vida delas. Todas vão receber uma distribuição financeira recorde com base em seu desempenho e isso poderá ser reinvestido no futebol de seus países. É uma boa forma de ajudar a impulsionar um esporte que já apresenta amplo crescimento”, comenta Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing esportivo.