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Na Reserva, compensação de carbono vai preservar 2 mil árvores na Amazônia

Parceria com a bolsa de carbono Moss permitirá a compensação das emissões de 2020; proposta é ampliar jornada ESG na empresa

Floresta Amazônica (Leo Correa/Glow Media/AP)
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Maria Clara Dias

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 11h47.

Última atualização em 12 de novembro de 2021 às 11h47.

A Reserva, marca de roupas do grupo Arezzo&Co está ampliando seus esforços em ESG (sigla para ambiental, social e governança). Depois dos veículos elétricos para entregas, o novo passo da jornada sustentável da empresa é a compensação de carbono. Uma parceria com a bolsa brasileira de carbono Moss permitirá que a Reserva compense uma parte considerável de suas emissões referentes a 2020.

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A iniciativa veio após a divulgação do primeiro inventário de emissões da empresa. Com a Moss, a Reserva deve compensar todo o carbono emitido pelos escopos 1 e 2, ou seja, emissões diretas da operação administrativa da empresa, como consumo de energia elétrica e uso de gases refrigerantes (vide ar-condicionado). Por enquanto, o esforço não contempla os gases poluentes emitidos pelos fornecedores e outros prestadores de serviço, o chamado escopo 3.

Segundo a Reserva, a parceria com a Moss permitirá a preservação de 2.000 árvores que, juntas, sequestram o equivalente a 58 voltas de carro ao redor do planeta. Para isso, os créditos de carbono comprados pela Reserva ajudarão quatro projetos de restauração ambiental e regeneração de florestas na Amazônia.

Ao longo de 2020, a Reserva emitiu 317 toneladas de carbono, pelos cálculos da empresa. No modelo de negócios da Moss, cada token (moeda digital lastreada em blockchain) comercializado equivale a uma tonelada de carbono compensada, ou seja, que deixou de ser emitida.

Para Alan Abreu, especialista em sustentabilidade na Reserva, o foco em ações ambientais faz parte de um novo posicionamento ESG da companhia que olha para além do impacto social da moda. "Além da atuação social, precisamos jogar um holofote para as questões ambientais”, diz. “A moda é uma das indústrias mais poluentes que existem, e olhar para isso importa agora”.

Apesar de não considerar o escopo 3 nas compensações (isso acontecerá no ano que vem), a Reserva já antecipou parte dessa solução ao substituir boa parte de sua frota de veículos elétricos, que agora circulam pelas ruas do Rio de Janeiro para fazer entregas. Em breve, a ideia é expandir a frota sustentável para todo o país.

“É um processo ganha-ganha”, diz Abreu. “Olhamos para a compensação, mas nosso desejo como empresa é tornar a jornada dos produtos cada vez mais circular, e isso vai delinear boa parte das próximas campanhas, lançamentos e ofertas de serviços”.

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