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Randon adota o ESG e divulga pilares estratégicos para investidores

Fabricante de autopeças irá divulgar metas socioambientais ao mercado nesta terça-feira

Randon: fabricante de autopeças irá divulgar metas socioambientais ao mercado nesta terça-feira (Germano Lüders/Exame)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 1 de junho de 2021 às 06h00.

Última atualização em 1 de junho de 2021 às 06h49.

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A fabricante de carrocerias e autopeças Randon anuncia hoje, 01, os seus pilares ESG (sigla para ambiental, social e de governança) para o futuro. O anúncio das metas sociais e ambientais vem após a entrada da empresa no Pacto Global da ONU, rede de empresas que assumem compromissos públicos a favor do desenvolvimento sustentável.

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A divulgação das metas sustentáveis é uma tentativa de consolidar a tradição ambiental da empresa septuagenária. O grupo gaúcho de Caxias do Sul é hoje um dos principais fabricantes de peças automotivas da América Latina, e mantém o ESG desde os primórdios da empresa. Essas ações, no entanto, ainda não haviam sido compiladas em um plano estratégico para a década de ação.

No centro das ações ambientais, a Randon diz promover o uso consciente de energia, controle de emissões de carbono, além de uma gestão de resíduos eficiente, com zero desperdício. A empresa investiu cerca de 11 milhões de reais em 2019 em ações ambientais para melhoria nesses quesitos. Em seu relatório anual de sustentabilidade, a Randon também diz ter reciclado todo o resíduo de sucata gerado em 2019. Foram mais de 24.000 toneladas.

Do ponto de vista social, a empresa também mantém o Instituto Elisabetha Randon (IER), que promove ações de educação, cultura, assistência social e educação para o trânsito. Até o momento, foram 2,2 milhões de reais investidos no Instituto.

Esse pode ser de fato o melhor momento para que a Randon abrace de vez o tema. A empresa teve o melhor trimestre de toda a sua história em 2021, com um lucro multiplicado em 4.000 vezes, alcançando os 134 milhões de reais. O agronegócio em alta foi o grande responsável pelo desempenho da companhia no período.

Em entrevista à Exame, em novembro do ano passado, o presidente da Randon, Daniel Randon, antecipou planos do grupo de ampliar a produção de carretas ecológicas, feitas com motores híbridos - que combinam combustível fóssil e eletricidade. “Esses materiais terão materiais mais leves e que podem reduzir o impacto ao meio ambiente”, disse.

Em fevereiro do ano passado, a empresa também lançou o seu braço de investimentos em startups, a Randon Venture s, numa tentativa de se aproximar da tecnologia e a inovação que vem das pequenas empresas. O orçamento para os investimentos é de 15 milhões de reais, e a estratégia inclui startups que se encontram em fase mais avançada de crescimento. Em outubro a empresa também investiu cerca de 2 milhões em uma plataforma própria de inovação aberta que conecta startups à operação do grupo.

A pergunta que fica é se o impacto da aliança com o ESG irá repercutir no desempenho da companhia e no cumprimento das metas financeiras desejadas. Entre elas, atingir a receita de 7 bilhões de reais ao final deste ano, um montante quase 30% superior ao resultado visto em 2020, quando a empresa faturou 5,4 bilhões de reais.

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