Randon Ventures quer investir R$ 15 mi em startups
Aos 71 anos, a fabricante de carrocerias e autopeças Randon adota o modelo de negócios ágil das empresas inovadoras
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Fábrica da Randon em Caxias do Sul (RS): parcerias para buscar novas soluções em mobilidade, eletrônica e materiais (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 22 de outubro de 2020, 05h56.
No mundo corporativo, até há pouco era vergonhoso assumir um fracasso. Mas os tempos mudaram. Com as novas tecnologias e as rápidas mudanças na economia, arriscar mais tem sido essencial para chegar ao sucesso. A gaúcha Randon, septuagenária fabricante de carrocerias e autopeças, decidiu aprender com as próprias startups esse novo modelo de negócios que abraça o erro. Lançada em fevereiro, a Randon Ventures, unidade de investimento em startups da tradicional companhia, tinha uma previsão de orçamento anual de 3 milhões de reais. O amanhã está sendo escrito hoje. Você está preparado para escrever o seu? Conheça o curso de inovação da EXAME Academy
Dado o sucesso da relação, o montante está sendo elevado para até 15 milhões, e agora a estratégia inclui startups que se encontram em fase mais avançada de crescimento. Há atualmente quase 50 startups conectadas à Randon, prestando serviços ou desenvolvendo soluções em parcerias.
Além disso, a companhia acaba de investir 2 milhões de reais na Randon Conexo, plataforma de inovação aberta que permitirá a colaboração não só de startups mas de qualquer empreendedor nos ambientes físico e online. O novo projeto conta com um prédio próprio junto ao complexo industrial da Randon. “Notamos que precisávamos ser mais ágeis, com uma estrutura para responder de forma mais veloz às crises”, afirma Daniel Randon, presidente do grupo.
Segundo o executivo, as empresas precisam dar mais autonomia a seus colaboradores e, paralelamente, as lideranças têm de estar preparadas para as mudanças que estão por vir.
Com as novas parcerias, a Randon deve concentrar esforços para desenvolver inovações em mobilidade, eletrônica embarcada e materiais inteligentes, num cenário em que os veículos do futuro são elétricos, autônomos e altamente conectados.
“Fomos educados por muito tempo para fazer tudo sozinhos. Se olharmos para a frente, temos a necessidade de reinvenção.”
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