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Proteção da biodiversidade nos mares e oceanos é 1º grande acordo da COP16

A dois dias do fim da conferência, definição é o primeiro passo no alcance das metas do Marco Global Kunming-Montreal

Biodiversidade nos territórios ultramarinos é tema da primeira grande negociação dos  (Divulgação)

Biodiversidade nos territórios ultramarinos é tema da primeira grande negociação dos (Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 31 de outubro de 2024 às 15h14.

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De Cali, Colômbia*

“O relógio está correndo, e é nossa sobrevivência que está em jogo”, disse Antonio Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas durante entrevista à imprensa. Para o líder, esta semana, em que se encerra a Conferência da ONU pela Biodiversidade, é o momento de transformar as promessas em ações e acelerar as negociações -- que a dois dias do fim da Conferência, ainda avançam de forma lenta.

A noite desta quarta-feira, 30, no entanto, foi marcada pelo primeiro grande acordo global, tratando sobre a identificação e conservação de áreas marinhas de importância biológica ou ecológica.

O tema já estava nas discussões da COP da biodiversidade há oito anos, e seu acordo representa um avanço da discussão sobre a diversidade biológica para além dos continentes e no aumento da governança dos países sobre seus territórios ultramarinos.

Proteção dos oceanos - e sua biodiversidade

Susana Muhamad, ministra do meio ambiente da Colômbia e presidente da COP16, afirmou que a decisão representa o primeiro grande passo da COP16 no atingimento das metas do Marco Global Kunming-Montreal, que estabelece 23 objetivos pela biodiversidade global.

“Esse compromisso firmado hoje nos permitirá proteger áreas-chave para o planeta, garantindo que os oceanos, grandes reguladores climáticos, tenham uma forte defesa global”, disse.

Pesquisadores de diversas regiões do mundo serão indicados para determinar as áreas prioritárias dentro dos critérios da diversidade biológica. Ainda nos próximos dias, um grupo de trabalho selecionará os critérios para garantir a transparência na escolha das áreas de importância ecológica.

O acordo ainda firmou a participação inclusiva de comunidades indígenas, jovens e mulheres envolvidas na conservação dos espaços durante os processos de análise e tomada de decisão envolvendo a proteção e recuperação dos espaços.

O financiamento para os estudos científicos será providenciado por Alemanha, Bélgica, Canadá, Noruega e Suécia. A ONU ainda prestará suporte à execução dos planos para garantir que a jurisdição no acesso à biodiversidade marinha não seja um impedimento à iniciativa.

*A jornalista viajou a convite.

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